Codesal inicia demolição parcial de lage após desabamento na Mata Escura
Codesal realiza neste domingo uma vistoria para avaliar e iniciar a demolição parcial da estrutura do imóvel
O desabamento de uma marquise no bairro da Mata Escura, em Salvador, deixou três mortos e oito feridos na noite deste sábado (8). Devido ao risco de novos desabamentos, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) realiza neste domingo (9) uma vistoria para avaliar e iniciar a demolição parcial da estrutura do imóvel.
O acidente aconteceu durante a celebração da primeira eucaristia em uma residência. As vítimas que morreram no local, foram o padre Carlos Augusto da Cruz Silva, de 45 anos, responsável pela Igreja de São Cosme e São Damião, no bairro da Liberdade, e as fiéis Darcy Anunciação, de 70 anos, e Ana Maria dos Santos, de 50 anos.

A operação de vistoria e demolição conta com o apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur). Ainda não há confirmação se toda a estrutura precisará ser demolida.
Desabamentos em Salvador
Um levantamento recente divulgado pela Codesal mostra que Salvador tem quase 3000 casarões antigos com algum tipo de risco de desabamento. São 2757 prédios, entre 2868, apresentando problemas estruturais; o número equivale a 96%, próximo do total compreendido.
Entre os casos recentes de desabamento de estruturas, está a morte de uma turista de São Paulo, no último mês de fevereiro, causou consternação nacional. Ela foi vítima do desabamento do teto da Igreja São Francisco de Assis, que fica no Pelourinho.
O templo é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). À época, Pedro Júnior Freitas da Silva, frade guardião e diretor da Igreja e Convento de São Francisco, relatou que o instituto havia sido alertado, dias antes, sobre a dilatação no forro do teto.
Na ocasião, o superintendente do Iphan, Hermano Fabrício, afirmou em entrevista que “o dever de conservação da igreja é da ordem franciscana”. Ele também destacou que “não existe vistoria sobre todos os imóveis tombados durante todo o tempo” e admitiu que não havia sido feitas vistorias no local.

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