SUS oferece nova vacina contra vírus respiratório a gestantes
O VSR é o principal causador da bronquiolite, uma inflamação dos bronquíolos, responsáveis por conduzir oxigênio aos alvéolos pulmonares
Por Da Redação.
O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer uma nova vacina para gestantes, destinada a proteger os bebês contra o vírus sincicial respiratório (VSR). A inclusão do imunizante Abrysvo foi aprovada na quinta-feira (13) pela Comissão de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).
Agora, cabe ao Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, definir a forma e o calendário de vacinação. O VSR é o principal causador da bronquiolite, uma inflamação dos bronquíolos, responsáveis por conduzir oxigênio aos alvéolos pulmonares. A doença se manifesta de forma grave principalmente em crianças de até dois anos e em idosos, podendo resultar em dificuldades respiratórias e até levar à morte.
Segundo dados do último boletim Infogripe, da Fiocruz, em 2025 foram registrados 370 casos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave, com oito mortes. O vírus tem maior transmissão durante o inverno, quando ocorre um aumento significativo de casos e óbitos, especialmente entre bebês.
![A doença se manifesta de forma grave principalmente em crianças de até dois anos e em idosos. | Foto: Natália Oliveira/Pexels](https://adm.aratuon.com.br/assets/ccdc1a95-4313-4af4-bd95-d5e93f898291.jpg?width=1280&format=webp&)
A doença se manifesta de forma grave principalmente em crianças de até dois anos e em idosos. | Foto: Natália Oliveira/Pexels
Os testes realizados pela fabricante Pfizer com cerca de 7 mil gestantes mostraram que a vacina teve 82,4% de eficácia na prevenção de casos graves de VSR em bebês de até três meses e 70% de eficácia até os seis meses de idade. Ao ser vacinada durante a gestação, a mãe transmite anticorpos ao feto, proporcionando proteção ao bebê desde o nascimento.
A Abrysvo foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano passado e já está disponível na rede particular de saúde. A recomendação da Pfizer é de uma dose única por gestação, administrada entre as 24 e as 36 semanas de gravidez. A vacina também pode ser aplicada em idosos, mas essa população não foi contemplada na decisão da Conitec.
A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Mônica Levi, destacou os impactos positivos que a vacina trará para a saúde infantil. “Vai diminuir a necessidade de consultas em emergência, internação, UTI, intubação e também o número de mortes. Há também o impacto a longo prazo. Após a primeira infecção pelo VSR, a criança pode ter chiados na vida, o que pode desencadear episódios de broncoespasmo, principalmente por infecção viral. Algumas crianças se tornam asmáticas”, afirmou.
Além da vacina, a Conitec também aprovou a incorporação de outra tecnologia voltada para bebês prematuros: o anticorpo monoclonal nirsevimabe. Diferente das vacinas, o nirsevimabe não estimula a produção de anticorpos naturais, mas age como um anticorpo já pronto para proteger contra a disseminação do VSR. O medicamento será aplicado apenas em bebês com sistema imunológico vulnerável, como os prematuros.
![Segundo dados do último boletim Infogripe, da Fiocruz, em 2025 foram registrados 370 casos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave, com oito mortes. | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil](https://adm.aratuon.com.br/assets/c2846cf6-d038-42e3-b5db-3dc6178794ba.jpg?width=1280&format=webp&)
Segundo dados do último boletim Infogripe, da Fiocruz, em 2025 foram registrados 370 casos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave, com oito mortes. | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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