Pesquisa: 54% da população brasileira reprova conduta de Bolsonaro na pandemia, segundo Datafolha
A rejeição da população brasileira ao presidente Jair Bolsonaro atingiu o maior índice desde o início da pandemia da Covid-19. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgado nesta quinta-feira (17/3) pelo jornal Folha de São Paulo revelou que 54% dos brasileiros avaliam a sua atuação como “ruim ou péssima”.
Para 43% dos participantes, o presidente é o maior culpado pelo alto número de mortes. Outros 17% avaliam que a culpa é dos governadores. Na avaliação geral do governo, subiu de 40 para 44% o índice que considera ruim. Os que avaliam o governo como ótimo ou bom oscilaram de 31 para 30%.
Ainda de acordo com o Datafolha, a imagem do presidente da República continua no pior nível desde que ele assumiu, em 2019. A pesquisa foi realizada de 15 a 16 de março com 2.023 pessoas em todas as regiões do Brasil. Aqueles que mais rejeitam a condução de Bolsonaro são os entrevistados com ensino superior (65%). Entre os que aprovam, os empresários representam a maior parcela, 38%.
Além disso, a reprovação possui maiores índices entre quem concluiu o ensino superior (55%), pretos (55%), aqueles com renda mensal acima de dez salários mínimos (54%) e entre moradores do Nordeste (49%). Já a aprovação é maior do que a média entre empresários (55%), moradores do Sul (39%) e evangélicos (37%).
Com o fim do auxílio, conjugado com o recrudescimento da pandemia devido às novas e mais transmissíveis variantes do Sars-CoV-2, a curva voltou a se inverter. Bolsonaro atingiu o maior recorde de rejeição desde o começo da pandemia e se aproxima da pior avaliação para um presidente da República eleito em primeiro mandato desde 1989.
No mesmo ponto do mandato, em 1992, Fernando Collor (PRN) era rejeitado por 68% e tinha 21% de avaliação regular. Só que seu apoio, já com o impeachment como realidade política, era menor que o registrado por Bolsonaro: 9%.
Todos os outros nomes neste estágio, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 35%, e Dilma Rousseff (PT), 65%, se saem muito melhor que o atual mandatário máximo.
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