Mulheres têm mais chance de ter depressão? Estudo explica
Pesquisa genética revela por que mulheres têm mais chance de ter depressão e aponta fatores biológicos envolvidos
Por Ananda Costa.
Mulheres têm mais chance de ter depressão?? Uma pesquisa genética realizada pelo Instituto de Pesquisa Médica QIMR Berghofer, na Austrália, revelou que mulheres têm maior predisposição genética para desenvolver depressão em comparação aos homens.
O estudo, um dos maiores já feitos sobre o tema, analisou dados genéticos de 480 mil pessoas, incluindo 195 mil diagnosticadas com depressão, e foi publicado na revista Nature Communications.
Os pesquisadores identificaram quase o dobro de variantes genéticas associadas à depressão nas mulheres, o que indica que a maior incidência do transtorno no sexo feminino tem uma base biológica, além dos fatores sociais e ambientais já conhecidos.
Além disso, os genes relacionados à depressão nas mulheres apresentaram uma ligação mais próxima com características metabólicas, sugerindo que o funcionamento do organismo pode influenciar a vulnerabilidade ao distúrbio.
Meninas e jovens LGBTQIA+ registram maiores níveis de depressão, diz pesquisa
Outra pesquisa realizada na Austrália com mais de 6,5 mil adolescentes identificou que meninas e jovens LGBTQIA+ registram níveis significativamente mais altos de depressão, ansiedade e sofrimento psicológico.
O estudo, publicado em junho no Australian and New Zealand Journal of Public Health, acompanhou estudantes de 12 a 16 anos entre 2019 e 2022. Com informações da Agência Einstein.
Os resultados mostram que quase três em cada dez adolescentes apresentavam sintomas indicativos de depressão até o 10º ano escolar.
Em comparação aos meninos cisgênero, a prevalência foi maior entre meninas e jovens que se identificam com diferentes gêneros ou orientações sexuais. A análise indica que a “lacuna de gênero” na saúde mental não apenas persiste, como se amplia ao longo da adolescência.
Insônia pode ser sintoma de depressão
Estudo realizado por pesquisadores do Instituto do Sono revelou que a insônia não é apenas um sintoma secundário da depressão, mas parte integrante da doença mental.
O resultado veio após os pesquisadores examinarem a relação entre o risco genético para problemas de sono e sintomas de depressão em uma amostra do Estudo Epidemiológico do Sono de São Paulo, com pessoas entre 20 e 80 anos.
Os participantes foram submetidos a avaliação clínica, polissonografia noturna completa e responderam a um conjunto de questionários sobre sono. Houve também coleta de amostras de sangue para extração de DNA e genotipagem dos voluntários, com o objetivo de calcular o risco genético dessas pessoas para problemas de sono e sintomas depressivos.
Moléculas associadas à depressão em idosos
Foram determinadas moléculas que podem contribuir para diagnósticos e tratamentos mais eficazes. O estudo, que foi publicado no periódico europeu Journal of Proteomics, envolve também cientistas das universidades de Connecticut (EUA) e de Toronto (Canadá), além da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Daniel Martins-de-Souza, professor da Unicamp e coordenador do trabalho, destaca que um dos objetivos é entender a similaridade com a depressão.
LEIA MAIS: Concursos e empregos na Bahia: veja como sair à frente da concorrência
Siga a gente no Insta, Facebook, Bluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).