Entenda o aneurisma da aorta, doença que causou a morte de Wanda Chase

Em casos de aneurismas dissecantes, o vaso tende a um processo de afinamento, podendo ser rompido

Por Dinaldo dos Santos.

A morte da jornalista Wanda Chase, 74 anos, vítima de um aneurisma dissecante da aorta, além de ter causado grande consternação chamou a atenção para os riscos dessa doença.

Para entender como ocorre a enfermidade, nossa reportagem conversou com a Coordenadora do Serviço de Cardiologia do Hospital Mater Dei Salvador, Mariana Andrade Dracoulakis.

A médica explicou que um aneurisma é ocasionado pela dilatação anormal de algum vaso arterial. Cada vaso, pontuou a especialista, tem um diâmetro previsto para sua funcionalidade, mas se aumentado, acima do normal, pode afetar a saúde da pessoa.

De acordo com a doutora, em casos de aneurismas dissecantes, o vaso tende a um processo de afinamento, podendo ser rompido em algum momento.

Vítima de aneurisma da aorta, Wanda Chase morreu aos 74 anos. Foto: Redes Sociais

Apesar de não ter informações detalhadas sobre o que aconteceu com a jornalista, a médica informou que o caso mais grave é quando o aneurisma se localiza na aorta ascendente, que fica mais próxima do coração.

"O sangue que chega na aorta, chega com grande pressão e é distribuído para todo o corpo por isso ela é bastante resistente", disse Dracoulakis.

Aneurisma de aorta. Foto: Ilustração

Geralmente, os aneurismas costumam ser assintomáticos, "mas em situações como essa, o paciente apresenta dores no peito que se irradia para as costas", informou.

A cardiologista advertiu que esta doença é de altíssima gravidade e, a partir da constatação de um rompimento de vaso é necessário a realização de intervenção cirúrgica de urgência.

O procedimento, segundo a médica, tem como finalidade a colocação de uma prótese para reestabelecer o funcionamento do fluxo sanguíneo.

Mariana Dracoulakis explicou que a angiotomografia de aorta é o exame específico para o diagnósitco da doença, mas outras avaliações periódicas, em pacientes sem queixas, podem ajudar a prevenir a ocorrência mais grave.

De acordo com a doutora, jovens com histórico familiar relacionado ao problema, portadores de doenças que causam fragilidades dos vasos, e pessoas com doenças congênitas associadas à enfermidade tem fatores de risco para o aneurisma.

A especialista acrescentou, também, que os indivíduos tabagistas ou com idade superior a 60 anos, sendo portadores de hipertensão e colesterol alto têm que ficar atentos a essa possibilidade.

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