Criança enfrenta câncer ósseo no interior da Bahia; saiba como ajudar
Vaquinha arrecada recursos para tratar câncer ósseo de menina de oito anos em Cruz das Almas
Por Júlia Naomi.
Maria Alice, uma menina de oito anos, foi diagnosticada com câncer ósseo há cerca de um ano. Ela vive em Cruz das Almas (BA) e passou por uma cirurgia para retirada do tumor há quatro meses, mas a necessidade de cuidados especiais continua. A família vem enfrentando dificuldades financeiras e conta com uma vaquinha para viabilizar o tratamento.
+ Mutirão de câncer de mama detecta 58 casos e pacientes iniciam tratamento
A doença acometeu a perna esquerda de Maria Alice, que no momento precisa de cadeira de rodas para se locomover. “Ela vai ter muita dificuldade pra andar, tem que fazer várias fisioterapias. Cada dez sessões que a fisioterapeuta indicou pra ela, custam em torno de 800 reais”, relata o avô, Carlos Roberto Santana, prestador de serviço terceirizado da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB).
Os cuidados com a menina também envolvem exames, quimioterapia, tratamento para manutenção da imunidade e uma alimentação especial. “A cirurgia foi feita pelo SUS [Sistema Único de Saúde]. Porém, os exames e a fisioterapia são todos pagos. O médico pediu agora uma ressonância e uma tomografia, que são exames caros. Nós, da família, não temos essa condição de poder honrar esses compromissos”, detalhou Carlos Roberto.
+ Com estoque de leite humano baixo, Hospital Roberto Santos faz campanha de doação
O avô de Maria Alice explica que o tempo de espera para a regulação dos exames pelo SUS traz incertezas ao tratamento, de modo que é necessário recorrer a serviços particulares. Ele também reforça que a família tem tido dificuldades para custear a alimentação e remédios da pequena.
Carlos Roberto conta que a mãe de Maria Alice trabalhava como babá, mas precisou deixar o emprego para cuidar da filha. Preocupada com a situação da neta, a avó estava cogitando vender a própria casa para custear o tratamento, mass a história chegou aos ouvidos de Thomas Gloaguen, professor da UFRB, que criou uma vaquinha para ajudar a família. Até o momento da escrita desta reportagem, a iniciativa contava com 38 contribuições, tendo arrecadado R$2.474,00.
Apesar de a família de Maria Alice precisar de apoio prolongado, pois o diagnóstico foi feito a cerca de um ano e a pequena segue em tratamento, Thomas Gloaguen relata que o valor citado foi arrecadado nos três primeiros dias da vaquinha. Com o passar do tempo, as pessoas pararam de doar e compartilhar.
"A situação está sempre difícil para eles, porque... tem que ser rápido. Porque, com criança, não se pode esperar. E aí você espera o SUS e demora. Tem que ir para Salvador [fazer o tratamento] e só isso já é um custo", reflete o professor.
A descoberta do câncer ósseo
Maria Alice estava prestes a completar sete anos quando um acidente na escola desencadeou a descoberta do câncer. A menina machucou a perna e foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruz das Almas. O médico que a atendeu estranhou as características de um caroço na perna da criança e indicou à família que fosse ao Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus. Mas foi apenas no Hospital Roberto Santos, em Salvador, que obtiveram o diagnóstico de câncer.
“E aí, foi aquela loucura, aquela correria. Parece que o chão abriu pra todo mundo”, contou o avô. Em contrapartida, Maria Alice não se deixou abater com o diagnóstico. A menina continua alegre, brincalhona e conta com o apoio das amigas, que a visitam com frequência e preenchem a casa com barulho e diversão.
Para o enfrentamento dos desafios, a fé é um pilar importante. “Ela completou oito anos e se batizou. Ela disse que realizou o sonho dela, não queria morrer sem se batizar. Ela estava com esse pensamento, mas graças a Deus, a história foi outra. Deus operou um milagre na vida dela”, conta Carlos Roberto, que agradece a todas as pessoas que têm ajudado a família.
Como ajudar Maria Alice?
Para contribuir com as doações para o tratamento de Maria Alice, acesse o link da vaquinha: https://www.vakinha.com.br/5532284
Leia mais: Martagão Gesteira faz 60 anos com mais de 500 mil atendimentos anuais
Siga a gente no Insta, Facebook, Bluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).