Conselho de Medicina admite uso de cloroquina para pacientes de Covid-19, mas ressalta que pode não ter efeito
Conselho de Medicina admite uso de cloroquina para pacientes de Covid-19, mas ressalta que pode não ter efeito
ilustrativa/PexelsO Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou, nesta quinta-feira (23/4), critérios e condições para a prescrição de cloroquina e de hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19. O órgão aconselhou o uso do medicamento, mas ressaltou que faltou exames que atestem a comprovação de melhoria por conta da substância.
"Após analisar extensa literatura científica, a autarquia reforçou seu entendimento de que não há evidências sólidas de que essas drogas tenham efeito confirmado na prevenção e tratamento dessa doença", diz a nota. Apesar disso, a droga foi liberada "diante da excepcionalidade da situação".
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Na visão do CFM, a cloroquina e da hidroxicloroquina pode ser usada pelos médicos no caso de pacientes com sintomas leves, em início de quadro clínico, caso haja confirmação de Covid-19. A autarquia também liberou o uso para pacientes com sintomas um pouco mais intensos, mas ainda sem necessidade de cuidados intensivos.
O uso também poderá ser feito, a critério do médico, em pacientes crítico que já estão em UTIs e usando ventiladores, mas o parecer lembra que a droga pode não ser eficaz. “Difícil imaginar que em pacientes com lesão pulmonar grave estabelecida e, na maioria das vezes, com resposta inflamatória sistêmica e outras insuficiências orgânicas, a hidroxicloroquina ou a cloroquina possam ter um efeito clinicamente importante”, afirma.
A prescrição das drogas caberá ao médico, em decisão compartilhada com o paciente. O documento do CFM ressalta que o profissional fica obrigado a explicar ao doente que não existe, até o momento, nenhum trabalho científico, com ensaio clínico adequado, feito por pesquisadores reconhecidos e publicado em revistas científicas de alto nível, que comprove qualquer benefício do uso das drogas para o tratamento da Covid-19.
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