Casais costumam compartilhar transtornos psiquiátricos, diz estudo

Um estudo aponta que pessoas com transtornos psiquiátricos têm maior probabilidade de se casar

Por Bruna Castelo Branco.

Um estudo publicado na última quinta-feira (28) na revista Nature Human Behavior aponta que pessoas com transtornos psiquiátricos têm maior probabilidade de se casar com alguém que apresenta a mesma condição.

A pesquisa analisou informações de mais de 14,8 milhões de indivíduos em Taiwan, Dinamarca e Suécia, abrangendo nove diagnósticos: esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão, ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), autismo, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno por uso de substâncias e anorexia nervosa.

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A pesquisa analisou informações de mais de 14,8 milhões de pessoas. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Os resultados mostraram que, quando um dos parceiros possuía diagnóstico psiquiátrico, a chance de o outro também apresentar a mesma condição — ou outra semelhante — era significativamente maior.

“O principal resultado é que o padrão se mantém em todos os países, em todas as culturas e, claro, em todas as gerações”, afirmou Chun Chieh Fan, coautor do estudo e pesquisador de população e genética do Instituto Laureate para Pesquisa do Cérebro, em Tulsa (EUA), em comunicado.

Possíveis explicações

O estudo não investigou diretamente as causas, mas Fan aponta três hipóteses: atração por pessoas semelhantes, devido à possibilidade de maior compreensão mútua; convergência ao longo do tempo em ambientes compartilhados; e limitações impostas pelo estigma social, que reduziria as opções de parceiros.

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O estudo não investigou diretamente as causas. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Impacto nas próximas gerações

De acordo com a pesquisa, filhos de casais em que ambos os pais apresentam o mesmo transtorno têm o dobro de risco de desenvolver a condição em comparação com crianças em que apenas um dos pais é afetado.

Os autores destacam que os achados podem auxiliar casais na compreensão de riscos genéticos e contribuir para decisões mais informadas. No entanto, reforçam que são necessários novos estudos antes de mudanças na forma como esses riscos são comunicados em atendimentos psiquiátricos.

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