Butantan iniciará pré-cadastro para testes clínicos em humanos com a Butanvac nesta semana

A tecnologia da ButanVac utiliza o vírus da Doença de Newcastle, infecção que afeta aves, geneticamente modificado.

Por Da Redação.

Butantan iniciará pré-cadastro para testes clínicos em humanos com a Butanvac nesta semanaDivulgação/Governo de São Paulo

O Instituto Butantan pretende iniciar nesta semana o pré-cadastro de voluntários para testar a vacina ButanVac, fabricada pelo próprio centro de pesquisa. A iniciativa ocorre após a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter autorizado a primeira fase de testes clínicos em humanos. O órgão autorizou apenas a realização da fase A, a primeira etapa dos testes em humanos, da qual vão participar 400 voluntários.

O diretor do instituto, Dimas Covas, informou que a expectativa é que o governo de São Paulo crie uma página na internet para que os candidatos possam se inscrever. Poderão participar pessoas com idade acima de 18 anos, inclusive, adultos já vacinados ou que já tiveram covid-19. “São três categorias [que serão incluídas nos testes]: o grupo que não teve contato com o vírus, o grupo que já teve contato e o grupo já vacinado”, falou Covas.

Os testes serão realizados pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

O intuito dessa primeira fase de estudos em humanos é avaliar a segurança do medicamento e a capacidade de induzir uma resposta imunológica. “Houve autorização da Anvisa para o início do estudo clínico. Essa semana temos ainda a fase de aprovação ética: os comitês de pesquisa [dos hospitais envolvidos] tem que aprovar [o estudo] e, posteriormente a Comissão de Ética em Pesquisa. Esta semana está previsto iniciar um pré-cadastro dos voluntários. É um estudo de fase 1, nesse momento, para avaliar a segurança da vacina”, explicou Dimas Covas.

TECNOLOGIA

A tecnologia da ButanVac utiliza o vírus da Doença de Newcastle, infecção que afeta aves, geneticamente modificado. O vetor viral contém a proteína Spike do coronavírus de forma íntegra. O desenvolvimento complementar da vacina será todo feito com tecnologia do Butantan, incluindo a multiplicação do vírus, condições de cultivo, ingredientes, adaptação dos ovos, conservação, purificação, inativação do vírus, escalonamento de doses e outras etapas.

O vírus da doença de Newcastele não causa sintomas em humanos. Segundo o instituto, o vírus se desenvolve bem em ovos embrionados, permitindo eficiência produtiva num processo similar ao utilizado na vacina de Influenza do Butantan.

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