Saúde

Conheça a Síndrome da Pessoa Rígida, doença rara que está acometendo a cantora Céline Dion

A doença é extremamente rara e afeta duas vezes mais mulheres do que homens e se manifesta geralmente por espasmos dolorosos.

Por Bruna Castelo Branco

Conheça a Síndrome da Pessoa Rígida, doença rara que está acometendo a cantora Céline Dionredes sociais

A cantora Céline Dion, de 54 anos, revelou, com uma mensagem super emocionante, ter um distúrbio neurológico raro chamado "Síndrome da Pessoa Rígida". De acordo com o PhD em Neurociências Fabiano de Abreu Agrela, que já realizou estudos sobre a síndrome, a doença é extremamente rara e afeta duas vezes mais mulheres do que homens e se manifesta geralmente por espasmos dolorosos.


Outros sintomas que também podem caracterizar o distúrbio, que geralmente aparecem entre os 30 e os 70 anos, são: a hiperreflexia e a rigidez muscular axial que pode, ainda, progredir lentamente para os músculos proximais dos membros.


Segundo o pesquisador, os espasmos são desencadeados, geralmente, por sensações de medo, estímulos táteis ou auditivos inesperados.


"As características funcionais do portador da doença são a marcha lenta, a perda insidiosa da flexibilidade do tronco e, posteriormente, da musculatura dos membros. Fato que leva a dependência de terceiros", explicou.


Um estudo, publicado na revista científica Cognitions, concluiu que a descompressão medular e radicular por meio da discectomia endoscópica transforaminal foi eficiente em controlar a dor radicular e disfunção neural pela compressão sem apresentar agressões tecidulares, o que poderia ser um gatilho para os espasmos.


"A rizotomia A-RF, por sua vez, conseguiu bloquear a entrada de estímulos nociceptivos da artrose facetária que sustentavam uma via de retroalimentação de dor-rigidez-dor. Já a rizotomia P-RF, se mostrou eficiente em modular a dor crônica, possivelmente por múltiplas causas", diz trecho do artigo.


Por isso, de acordo com Fabiano, é necessário avaliar diferentes esferas do relato de uma dor crônica. Pois, a dor relatada por um paciente deve ser abordada nos âmbitos biológico, psicológico e social.


"Compreender a multidimensionalidade da dor, pode ajudar a desenvolver estratégias menos agressivas e mais eficientes em pacientes pouco convencionais, como no caso da SPS", comentou o professor sobre o estudo.


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