Fiocruz faz alerta sobre retorno de eventos com aglomeração: "é equivocado pensar que a retomada irrestrita é possível"
Segundo os pesquisadores do Observatório, é fundamental que se atinja o patamar de 80% de cobertura vacinal da população total para que haja a retomada de eventos sociais.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nesta quinta-feira (4/11), no Boletim do Observatório Covid-19, que defende a cautela em retomada de eventos sociais com aglomeração em ambientes com adultos completamente vacinados. Segundo os pesquisadores do Observatório, é fundamental que se atinja o patamar de 80% de cobertura vacinal da população total. Além dos adultos, a campanha de imunização deve atingir crianças e adolescentes.
“Vale lembrar que a população de adolescentes, pelo tipo de comportamento social que tem, é um dos grupos com maior intensidade de circulação nas ruas e convive com outros grupos etários e sociais mais vulneráveis. Por isso, é equivocado pensar que, com a população somente adulta coberta adequadamente, a retomada irrestrita dos hábitos que aglomeram pessoas é possível”, afirmam os cientistas.
Segundo o boletim, a cobertura vacinal está aumentando e recentemente alcançou 55% da população total, ainda distante do patamar ideal. Há também uma grande quantidade de pessoas que precisam retornar para tomar a segunda dose da vacina.
“A recomendação é de que, enquanto caminhamos para um patamar ideal de cobertura vacinal, medidas de distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos sejam mantidas e que a realização de atividades que representem maior concentração e aglomeração de pessoas só sejam realizadas com comprovante de vacinação”, ressaltam os pesquisadores. Países do Leste Europeu e os Estados Unidos, por exemplo, estão apresentando surtos de Covid-19 em condições de baixa cobertura de vacinação, o que deve ser evitado no Brasil.
Embora o registro de casos e de mortes por Covid-19 esteja diminuindo, a taxa de positividade dos testes de diagnóstico permanece alta, o que pode ser atribuído à exposição ao vírus e à presença de indivíduos fora de casa. O Índice de Permanência Domiciliar mostra, por exemplo, que há mais pessoas nas ruas do que antes da pandemia.
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