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A Rússia anunciou nesta quinta-feira (6/5) que registrou uma nova vacina no país, a Sputnik Light. Trata-se de versão em dose única da Sputnik V, que o país já vem aplicando na população desde agosto de 2020 e que tem registro para uso emergencial em 62 países.
A Sputnik V, com duas doses, usa dois adenovírus de resfriados comuns, o Ad26 e o Ad5. Neles é inserido um trecho do RNA do coronavírus, responsável por codificar a proteína S (de “spike” ou espícula, estrutura usada pelo vírus para se ligar às células do hospedeiro), para produzir a resposta imune no organismo.
Já a Sputnik Light usa apenas a primeira dose da Sputnik V, que é formulada só com o adenovírus humano recombinante 26 não replicante (Ad26).
De acordo com os desenvolvedores do produto, a primeira dose da Sputnik V já confere uma eficácia de 79,4% de proteção 28 dias após a injeção, o que gerou o estudo para a aplicação da vacina em dose única.
PEDIDO NEGADO
No último dia 26 de março, os cinco diretores da Anvisa rejeitaram, por unanimidade, a importação e o uso da vacina russa Sputnik V pelo Brasil.
Primeiro a votar e seguido pelos colegas, o relator Alex Machado Campos apontou a "falta de documentação" e os possíveis riscos do imunizante à saúde. Antônio Barra Torres, presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), afirmou que a atribuição da agência é "proteger e promover a saúde da população" e que a agência "não pode agir ao arrepio de sua missão" .
Ao defender a rejeição do pedido de importação do imunizante, Barra Torres disse que a Anvisa "nunca teve apego às questões burocráticas ou desrespeito para com a vida humana" e enfatizou, que, "sem a inspeção que avalia as boas práticas de fabricação dos insumos vacinais, é impossível atestar as reais condições de fabricação do produto".
POLÊMICA
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), criticou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e disse que está esperando a "boa vontade" da agência em aprovar a vacina russa Sputnik V.
Segundo Costa, o Consórcio do Nordeste chegou a enviar pessoas para a Rússia, nos mesmos dias em que os técnicos da Anvisa estavam lá, e mesmo assim os técnicos da agência não reportaram que tinham sido impedidos de acessar os laboratórios.
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Fonte: Da redação