Cientistas britânicos testam nova droga que impediria o desenvolvimento do novo coronavírus
Cientistas britânicos testam nova droga que impediria o desenvolvimento do novo coronavírus
A empresa de fármacos AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Londres, anunciou na sexta-feira (25/12) que estuda uma nova droga capaz de impedir que um paciente exposto ao novo coronavírus desenvolva a doença provocada pelo vírus, a Covid-19. O registro para os testes nos Estados Unidos já foi realizado pela empresa.
O remédio, conhecido como AZD7442, envolveria uma combinação de anticorpos de longa ação. Em vez de anticorpos produzidos pelo organismo para combater a infecção, a droga usa anticorpos monoclonais criados em laboratório e seria capaz de prover imunidade instantânea contra a doença.
“A proteína da espora do Sars-CoV-2 contém o RBD (domínio de receptor-obrigatório) do vírus, que possibilita ao vírus unir-se aos receptores em células humanas. Mirando a essa região da proteína da espora do vírus, anticorpos podem impedir o vírus de se acoplar em células humanas, e assim poderia bloquear a infecção”, detalha o documento.
A pesquisa está sendo liderada pela virologista da University College London Hospitals NHS Trust (UCLH), Catherine Houlihan. Segundo a médica, caso seja comprovado que este tratamento funciona e evitar que as pessoas que estão expostas ao vírus continue a desenvolver o Covid-19, "seria uma adição emocionante ao arsenal de armas que está sendo desenvolvido para combater esse vírus terrível.”
“Até o momento, injetamos 10 participantes - funcionários, alunos e outras pessoas - que foram expostos ao vírus em casa, em um ambiente de saúde ou em salas de estudantes”, disse Houlihan. Ela e seus colegas acompanharam de perto os participantes para ver qual deles desenvolveria o Covid-19. Os participantes do ensaio estão recebendo em duas doses, uma após a outra. Se for aprovado, será oferecido a alguém que foi exposto à Covid nos oito dias anteriores.
A expectativa é que a droga seja disponibilizada entre março e abril, se aprovada pelas agências reguladoras de medicamentos depois de ter os estudos revisados.
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