Dois em cada três brasileiros preferem escolas fechadas durante a pandemia, aponta pesquisa do Datafolha
Dois em cada três brasileiros preferem escolas fechadas durante a pandemia, aponta pesquisa do Datafolha
O fechamento de escolas como maneira de conter o avanço da Covid-19 é defendido por 66% da população brasileira, segundo uma pesquisa do Datafolha, divulgada na noite de quinta-feira (17/12). Em números mais simples, a cada três brasileiros, dois preferem que as escolas não abram durante a pandemia.
O levantamento mostra, ainda, que a maioria das pessoas é a favor também de restrições em bares, restaurantes, lojas e academias, entre outros componentes. A pesquisa foi feita entre 8 e 10 de dezembro, com 2.016 adultos adultos em todas as regiões e estados do país, por telefone. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Em relação ao funcionamento de lojas, restaurantes e bares, a população se mostrou mais dividida. Cerca de 55% dos entrevistados respondeu que preferia o fechamento dessas unidades. Aqueles que pediram a suspensão de serviços como academias, salões de beleza e escritórios formam um número um pouco maior: cerca de 59%.
O Datafolha não conseguiu concluir, entretanto, a opinião dos brasileiros sobre o fechamento de igrejas. Ao todo, 49% dos entrevistados se disseram contrários à medida e outros 49% se disseram favoráveis.
ESCOLA
A pesquisa aponta que mulheres são as que mais defendem o fechamento de escolas: responderam que sim 71% delas, contra apenas 59% dos homens. Outro fator que chamou a atenção foi a renda, que, quanto maior é, aumenta também sua chance de optar pelo fim do recesso e volta das atividades. Entre os que ganham acima de dez salários, 51% querem a volta das aulas, número que cai para 29% quando considerado os que ganham até dois salários por mês.
Tanto em Salvador quanto no resto da Bahia, não há previsão para a volta às aulas. Segundo a Folha de S. Paulo, alguns países da Europa que fecharam as escolas na fase mais dura da pandemia retomaram às aulas depois e, mesmo com a "segunda onda", não voltaram a suspendê-las. A avaliação inicial dos governos foi de que a reabertura não elevou o contágio .
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Por outro lado, a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, por exemplo, anunciou nesta semana que vai fechar novamente as escolas pelo menos até 10 de janeiro. Ainda de acordo com a reportagem, a reabertura das escolas em São Paulo coincidiu com o aumento do número de casos e internações por Covid-19 em crianças.
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