Saúde

Bolsonaro veta projeto de lei que indeniza profissionais de saúde incapacitados pela pandemia

Bolsonaro veta projeto de lei que indeniza profissionais de saúde incapacitados pela pandemia

Por Da Redação

Bolsonaro veta projeto de lei que indeniza profissionais de saúde incapacitados pela pandemiaAgência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou integralmente o projeto de lei que garantia indenização aos profissionais de saúde incapacitados permanentemente por conta da Covid-19. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta terça (4/8). . O projeto é de autoria dos deputados Reginaldo Lopes (PT-MG) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS).


“Por fim, cabe destacar que o Veto Presidencial não representa um ato de confronto do Poder Executivo ao Poder Legislativo. Caso o Presidente da República considere um projeto, no todo ou em parte, inconstitucional, deverá aplicar o veto jurídico para evitar uma possível acusação de Crime de Responsabilidade. Por outro lado, caso o Presidente da República considere a proposta, ou parte dela, contrária ao interesse público, poderá aplicar o veto político. Entretanto, a decisão final sobre esses vetos cabe ao Parlamento”, ponderou a Secretária-Geral.


O texto, que foi aprovado pelo congresso no mês passado, prevê o pagamento de uma prestação de R$ 50 mil ao profissional de saúde incapacitado permanentemente. No caso de óbito, o valor será direcionado ao cônjuge, companheiro ou outros dependentes. Também é pago um valor aos dependentes deixados pelo trabalhador, se forem menores de 21 anos. A proposta cita ainda que, caso o dependente possua deficiência, independentemente da idade, o benefício adicional será de pelo menos R$ 50 mil. Além disso, em caso de morte, a indenização iria cobrir também as despesas do funeral. 


A pasta alega que a proposta viola a lei complementar, de maio deste ano, por prever benefício indenizatório para agentes públicos e criar despesa continuada em período de calamidade. Além disso,  a falta de apresentação de estimativa do impacto orçamentário e financeiro também é um empecilho.


“Apesar do mérito da propositura e da boa intenção do Congresso em aprovar essa lei, a proposta contém obstáculos jurídicos que a impedem de ser sancionada”, justificou a Secretaria-Geral da Presidência, em nota divulgada na segunda-feira (3/8).


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