Vitor Bonfim é escolhido relator de indicação de Otto Filho ao TCE

Otto Filho foi indicado ao TCE pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) no dia 3 de dezembro, em decorrência da aposentadoria do conselheiro Antônio Honorato Neto, no final de julho deste ano

Por Matheus Caldas.

O deputado estadual Vitor Bonfim (PSB) foi escolhido relator e vai apresentar, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o parecer sobre a indicação de Otto Filho ao Tribunal de Contas do Estado (TCE)).

O presidente do colegiado, Robinson Almeida (PT), confirmou a informação divulgada antecipadamente pelo Aratu On sobre a sabatina de Otto Filho, que deve ser realizada nesta quarta-feira (10), às 10h. 

Segundo o petista, caso a leitura da indicação em plenário não ocorra nesta quarta-feira (9), a sabatina será adiada para o dia 16 de dezembro. “Estamos cumprindo o rito estabelecido. A indicação do deputado Otto Alencar Filho para o TCE é uma pauta de grande importância para o estado, dada a relevância da Corte de Contas no acompanhamento da gestão fiscal”, afirmou, em pronunciamento oficial.

“A sessão extraordinária visa dar celeridade ao processo, permitindo que os membros da CCJ avaliem de forma técnica e política o nome proposto. É um momento de análise minuciosa do currículo e da trajetória do indicado”, acrescentou.

Vitor Bonfim emitirá parecer sobre indicação de Otto Filho ao TCE | Foto: Sandra Travassos/ALBA

A nomeação para a Corte de Contas exige a aprovação da maioria dos nove membros da CCJ antes de seguir para o plenário da AL-BA.

Atualmente, a comissão é composta pelos seguintes nomes: Alan Sanches (União), Euclides Fernandes (PT), Fabíola Mansur (PSB), Felipe Duarte (PP), Hassan (PP), Robinson Almeida (PT), Sandro Régis (União) e Vitor Bonfim (PV).

Otto Filho foi indicado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) no dia 3 de dezembro, em decorrência da aposentadoria do conselheiro Antônio Honorato Neto, no final de julho deste ano.

Conforme levantamento da reportagem, Otto Filho tem, ao menos 45 votos para ser aprovado em plenário. O número assegura ampla vantagem, uma vez que o regimento interno da AL-BA prevê que votação mínima de um terço dos deputados, o que equivale a 32 deputados. 

A tendência é que a situação seja resolvida ainda nesta semana. Com isto, Otto Filho deixará o mandato de deputado federal e o cederá para o suplente, Charles Fernandes.  

Quem é Otto Filho?

Nascido em Salvador em 7 de julho de 1977, Otto Filho é administrador de empresas formado pela Unifacs em 2001. Ele é filho do senador Otto Alencar e de Branca Paternostro, casado com Renata Alencar e pai de dois filhos, Luiza e Diogo.

A formação acadêmica de Otto Filho inclui especialização técnica em Investimento, Gestão de Fundos e Gerenciamento de Risco pelo British Columbia Institute of Technology (BCIT), no Canadá. Ele também possui pós-graduação em Política e Estratégia pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em 2004, e em Controladoria para Gestão de Negócios pela Unifacs (2007-2009). Além disso, concluiu MBA em PPP e Concessões pela Fespsp (2016-2018), com extensão pela London School of Economics (LSE).

Otto Filho presidiu a Desenbahia entre fevereiro de 2015 e março de 2018 e integrou conselhos como o Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial (Compem), o Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico  (Fundese) e a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE).

Deputado federal Otto Filho (PSD), indicado ao TCE | Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Deputado federal mais votado da Bahia em 2022, com 200.909 votos, Otto Filho exerce atualmente o cargo de vice-líder do governo no Congresso Nacional e de vice-presidente da Comissão de Minas e Energia. Na Câmara dos Deputados, também presidiu a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços.

Aliado de primeira ordem de Jerônimo na Bahia, ele tem posturas polêmicas envolvendo o governo Lula. 

Em 2024, Otto Filho criticou o governo após o deputado Antônio Brito (PSD) deixar a disputa para presidência da Câmara. “O maior prejudicado com a forma como ficou definida a eleição na Câmara é o governo Lula, que poderia apoiar os amigos que estiveram com o PT durante o governo Bolsonaro e nas eleições de 2022 e escolheu apoiar os inimigos que certamente estarão na oposição em 2026”, disse, à época.

Em 2023, ele se juntou a deputados de oposição, incluindo parlamentares bolsonaristas, e votou contra a taxação de offshores e super-ricos.

No mesmo ano, ele contrapôs o próprio pai e assegurou ter votado com convicção contra emenda inserida no texto da Reforma Tributária, que estabelecia que os projetos industriais aprovados no Nordeste, Norte e Centro-Oeste até o final de 2023 teriam direito a benefícios fiscais de PIS, Cofins e IPI até o término de 2032. Na ocasião, aliados de Jerônimo temiam que projeto pudesse prejudicar a instalação da fábrica da BYD em Camaçari, na região metropolitana de Salvador. 

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