Vereador reclama de 'excesso de eventos na Barra': 'Bairro está morrendo'
Maurício Trindade disse que "impactos negativos do grande número de festas e eventos na Barra têm gerado aumento da violência, prostituição infantil e elevação do índice de roubos"
Por Matheus Caldas.
O vereador de Salvador, Maurício Trindade (PP), afirmou que existe "excesso de eventos na Barra." As reclamações foram destaque na 76ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Salvador. Durante o discurso, o vereador Maurício Trindade (PP) disse que “a Barra está morrendo” e cobrou ação imediata do poder público.
O parlamentar disse que “os impactos negativos do grande número de festas e eventos na Barra têm gerado aumento da violência, prostituição infantil, elevação do índice de roubos, flanelinhas que cobram abusivamente”. Ele acrescentou que há também “pessoas em situação de rua se abrigando em portas de prédios” e “fechamento do acesso ao bairro para moradores”.
Maurício Trindade defendeu que é preciso “delimitar o número de festas, transferindo parte delas para outros locais da cidade”. Ele apresentou um Projeto de Lei que proíbe o uso de equipamentos de som — carros de som, trios, mini trios e caixas móveis — em festas e manifestações realizadas na Barra.
A proposta também proíbe a instalação de palcos, arquibancadas e estruturas semelhantes em espaços públicos, além de apresentações musicais e uso de som nas áreas externas de bares e restaurantes. De acordo com o vereador, ficam permitidos apenas eventos tradicionais do calendário soteropolitano, como Carnaval, Furdunço e Fuzuê, por serem “manifestações já consolidadas e essenciais para a cidade”.

A líder da oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), afirmou que “os moradores não podem pagar um preço tão alto”, destacando que os problemas já atingem o comércio e o mercado imobiliário da região. Para ela, a situação exige postura firme: “O poder público precisa rever a forma como o bairro vem sendo utilizado”.
A parlamentar também mencionou o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). Segundo disse, “a previsão da Fundação Getúlio Vargas é que o PDDU só seja entregue em 2027”, o que, em sua avaliação, reforça a necessidade de acelerar discussões sobre ocupação e ordenamento urbano.
O presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB), informou que as comissões de Constituição e Justiça, Finanças e Transporte se reúnem nesta quinta-feira (13). Ele afirmou que “o Colégio de Líderes voltará a se encontrar na próxima terça-feira (18) para discutir o andamento das votações”.

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