Trump cobra presidente da África do Sul por “genocídio de brancos”

O presidente sul-africano negou acusações e rebateu o vídeo exibido por Trump que justifica o suposto "genocídio de brancos"

Por Lucas Pereira.

O presidente Donald Trump cobrou o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, por um "genocídio de brancos" que estaria ocorrendo no país. A situação ocorreu durante um encontro entre eles ocorrido na Casa Branca, nesta quarta-feira (21). 

O presidente sul-africano negou acusações e rebateu o vídeo exibido por Trump que justifica o suposto

Na reunião, Trump exibiu um documentário com imagens de supostas covas de fazendeiros brancos africâneres (descendentes de holandeses e outros colonos europeus) mortos no país. O presidente Sul-Africano reagiu ao vídeo, afirmando nunca ter visto as imagens e negou as acusações feitas por Trump nos últimos meses. Ramaphosa refutou que seu governo esteja confiscando terras de fazendeiros brancos, aplicando políticas anti-brancos ou adotando uma postura externa antiamericana.

 

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“Se houvesse um genocídio de fazendeiros africanos, posso apostar que esses três cavalheiros não estariam aqui, incluindo meu ministro da Agricultura. Ele não estaria comigo”, disse o líder da África do Sul, apontando para membros brancos de sua delegação, que incluía os golfistas sul-africanos Retief Goosen e Ernie Els, além do ministro da Agricultura, John Henry Steenhuisen.

Suposto genocídio de brancos na África do Sul

Nos últimos meses, Trump acusou falsamente o governo sul-africano de violar os direitos dos agricultores brancos africâneres ao confiscar suas terras com base em uma nova lei de desapropriação que faz parte da Reforma Agrária que está sendo implementada no país. Segundo o governo sul-africano, nenhuma terra foi confiscada e as críticas dos EUA são motivadas por desinformação.

Ainda assim, Trump tomou medidas como o cancelamento de ajuda financeira, a expulsão do embaixador sul-africano e a oferta de refúgio a 59 africâneres. O encontro desta quarta-feira foi solicitado pela África do Sul e, segundo Ramaphosa, o objetivo é "recalibrar" a relação diplomática entre os dois países.

Foto: Divulgação/Casa Branca

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