Senadores analisam projeto que prevê prisão para quem restringir acesso de público a praias
Texto recebeu parecer favorável do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que é relator também da polêmica PEC das praias
Créditos da foto: Reprodução/Pexels
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado pode votar, nesta quarta-feira (17/7), um projeto de lei que altera o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, uma lei de 1988, para prever o crime de ocupação ou invasão de praia, com restrição de acesso e circulação ao público.
O projeto recebeu parecer favorável do relator na comissão, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A proposta estabelece uma pena de seis meses a dois anos de detenção, e multa, para quem impedir ou dificultar, por qualquer meio, o acesso livre à praia ou ao mar.
A mesma pena é prevista para quem ocupa indevidamente ou sem autorização, ainda que de forma temporária, área de praia ou passagem que a atenda, e para a pessoa que indevidamente urbaniza ou, tendo responsabilidade funcional, permite a urbanização de terreno próximo à praia, de modo que dificulte ou inviabilize o acesso livre a ela e ao mar.
Ao justificar a apresentação do projeto, Amin ressaltou que as praias são bens públicos de uso comum do povo, sendo assegurado por lei o livre e franco acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido, salvo trechos de interesse de segurança nacional ou de proteção ambiental.
Segundo o senador, não há atualmente previsão de crime específico para a pessoa que tenha a iniciativa de ocupar as praias e restringir acesso ao público. A previsão do crime, trazida pelo projeto, "busca gerar maior intimidação e prevenção geral, oferecendo mais força e responsabilidade para o poder público e para a sociedade como um todo".
PARECER
Flávio Bolsonaro apresentou seu parecer sobre o texto na última terça-feira (9/7). No documento, diz que a proposta é conveniente e oportuna.
De acordo com o senador, o Poder Executivo municipal e os órgãos ambientais respectivos "não vêm sendo capazes, por meio do direito administrativo sancionador, de impedir as inúmeras ocupações e invasões das praias brasileiras por todo o nosso amplo litoral".
O que se vê, acrescenta, é a multiplicação de casas, prédios e empreendimentos turísticos que impedem o acesso da população brasileira a esse bem de uso comum.
Flávio é relator Comissão de Constituição e Justiça também da Proposta de Emenda à Constituição que possibilita que estados, municípios e particulares sejam donos de áreas no litoral brasileiro atualmente pertencentes à União. Esta proposta ficou conhecida como PEC das praias e gerou polêmica, devido a avaliações de que poderia privatizar praias.
Diante da repercussão, o relator decidiu propor uma emenda para afastar a ideia de que o texto poderia privatizá-las ou restringir o acesso a elas.
LEIA MAIS: Aprovação de Bruno Reis chega a 75,3% e atinge maior patamar em 2024
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O projeto recebeu parecer favorável do relator na comissão, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A proposta estabelece uma pena de seis meses a dois anos de detenção, e multa, para quem impedir ou dificultar, por qualquer meio, o acesso livre à praia ou ao mar.
A mesma pena é prevista para quem ocupa indevidamente ou sem autorização, ainda que de forma temporária, área de praia ou passagem que a atenda, e para a pessoa que indevidamente urbaniza ou, tendo responsabilidade funcional, permite a urbanização de terreno próximo à praia, de modo que dificulte ou inviabilize o acesso livre a ela e ao mar.
Ao justificar a apresentação do projeto, Amin ressaltou que as praias são bens públicos de uso comum do povo, sendo assegurado por lei o livre e franco acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido, salvo trechos de interesse de segurança nacional ou de proteção ambiental.
Segundo o senador, não há atualmente previsão de crime específico para a pessoa que tenha a iniciativa de ocupar as praias e restringir acesso ao público. A previsão do crime, trazida pelo projeto, "busca gerar maior intimidação e prevenção geral, oferecendo mais força e responsabilidade para o poder público e para a sociedade como um todo".
PARECER
Flávio Bolsonaro apresentou seu parecer sobre o texto na última terça-feira (9/7). No documento, diz que a proposta é conveniente e oportuna.
De acordo com o senador, o Poder Executivo municipal e os órgãos ambientais respectivos "não vêm sendo capazes, por meio do direito administrativo sancionador, de impedir as inúmeras ocupações e invasões das praias brasileiras por todo o nosso amplo litoral".
O que se vê, acrescenta, é a multiplicação de casas, prédios e empreendimentos turísticos que impedem o acesso da população brasileira a esse bem de uso comum.
Flávio é relator Comissão de Constituição e Justiça também da Proposta de Emenda à Constituição que possibilita que estados, municípios e particulares sejam donos de áreas no litoral brasileiro atualmente pertencentes à União. Esta proposta ficou conhecida como PEC das praias e gerou polêmica, devido a avaliações de que poderia privatizar praias.
Diante da repercussão, o relator decidiu propor uma emenda para afastar a ideia de que o texto poderia privatizá-las ou restringir o acesso a elas.
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