'Se for provado, tem uma saída: ser preso', diz Lula sobre Bolsonaro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (20), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria tentar provar inocência antes de pedir anistia. A declaração foi dada durante uma entrevista à rádio Tupi FM, do Rio de Janeiro. 

Lula destacou que, ao solicitar anistia, Bolsonaro está, na verdade, admitindo que é culpado pela tentativa de golpe de Estado frustrada em 2022. "Quando o ex-presidente fica pedindo anistia, ele está provando que ele é culpado. Ele está provando que cometeu o crime. Ele deveria estar falando, 'eu vou provar minha inocência'", disse o presidente.

Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na terça-feira (18) por crimes relacionados à tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado, além de danos qualificados à União, deterioração de patrimônio tombado e participação em organização criminosa.

+ Michelle Bolsonaro era 'radical' e instigava golpe de Estado, diz Cid

+ Bolsonaro concordou com plano para matar Lula, aponta denúncia da PGR

Em relação aos atentados planejados contra ele, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Lula sugeriu que os planos falharam porque Bolsonaro teria sido impedido por “diarreia, medo e teve que voar aos Estados Unidos para não ficar com vergonha de dar a posse para o adversário”.

Sobre a denúncia, Lula afirmou que, se for comprovado que Bolsonaro conspirou contra o Estado e contra a vida das três pessoas mencionadas, ele deverá ser preso. "Eu tenho certeza que, se for provado, ele só tem uma saída: ser preso", declarou o presidente.

+ Bolsonaro pode ser preso? Veja próximos passos após denúncia da PGR

Lula também criticou a ideia de Bolsonaro de indicar a esposa, a ex-primeira-dama Michelle, como candidata à presidência em 2026. O petista acusou o ex-presidente de agir como se o Brasil fosse uma monarquia, lembrando que o país adota eleições democráticas.