Quem é Almir Garnier, ex-chefe da Marinha baiana envolvido em plano golpista
Almir Garnier é almirante de esquadra e comandou a Marinha entre 2021 e 2022
Por Da Redação.
O Supremo Tribunal Federal (STF) ouve, na manhã desta terça-feira (10), o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha durante o governo Jair Bolsonaro (PL), no âmbito do processo que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022. O depoimento ocorre na Primeira Turma da Corte e sucede os interrogatórios do tenente-coronel Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
Aos 64 anos, Garnier é almirante de esquadra e comandou a Marinha entre 2021 e 2022. Ele figura entre os 23 militares denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), incluindo sete oficiais-generais e outros ex-comandantes, por envolvimento na suposta tentativa de ruptura institucional após as eleições presidenciais.
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Após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Garnier rompeu protocolos ao se recusar a participar da cerimônia de passagem de comando para o sucessor, Márcio Sampaio Olsen. Também se negou a dialogar com o então futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, durante o período de transição.
O almirante responde pelos crimes de organização criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado. Segundo depoimentos dos ex-comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e da Força Aérea, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, Garnier teria se colocado à disposição de Bolsonaro para executar as ações necessárias à implementação de um decreto golpista.
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