PT reage à aprovação da Lei da Dosimetria e articula ato neste domingo
Projeto foi aprovado nesta semana pela Câmara: PT reage à aprovação da Lei da Dosimetria e articula ato neste domingo
Por João Tramm.
O Partido dos Trabalhadores informou que movimentos sociais, entidades progressistas e organizações da sociedade civil irão promover mobilizações em diversas cidades do país. O PT reage à aprovação da Lei da Dosimetria e articula ato neste domingo (14).
As manifestações têm como foco contestar o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados que reduz as punições dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas.

A votação do PL da Dosimetria ganhou contornos polêmicos em especial após o diálogo flagrado de deputados condicionando o voto no projeto com o atraso no pagamento das emendas por parte do governo Lula.
A conversa aconteceu no plenário, pouco antes de Glauber Braga ocupar interinamente a cadeira da presidência. Os deputados exibem contrariedade com a pauta anunciada.
A mobilização relembra ao feito pelo partido após a Câmara ter aprovado o PL da Blindagem. A mobilização nas ruas fez com que a matéria fosse barrada no Senado.
PT reage à aprovação da Lei da Dosimetria e articula ato neste domingo
A mudança legislativa foi aprovada na madrugada de quarta-feira (10), quando os deputados federais deram aval à proposta que flexibiliza as penas para investigados na articulação golpista e nos atos antidemocráticos. Críticos apontam que a chamada Lei da Dosimetria pode favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de planejar o golpe que incluía, entre outros pontos, a eliminação do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
O secretário de Comunicação Nacional do PT, Éden Valadares, avaliou a decisão da Câmara como um retrocesso diante da gravidade dos episódios de 8 de janeiro. “Será uma manifestação contra a anistia aos golpistas e contra qualquer acordo que produza impunidade. Democracia se defende com mobilização, coragem e pressão popular. E é isso que estamos convocando. Ainda é possível barrar essa iniciativa da direita que gera mais impunidade no Brasil.”
Ele também ressaltou que, para o partido, a participação de diferentes segmentos sociais é fundamental para assegurar punições compatíveis com os crimes cometidos e com a recusa dos golpistas em aceitar o resultado das eleições de 2022, que elegeram Lula. “Quem atenta contra o país precisa ser responsabilizado. Quem planejou assassinato de adversários não pode ficar impune. Essa é a nossa defesa. Sem anistia, impunidade, sem redução de pena.”

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