Bolsonaro fala sobre concorrer às eleições em 2026: 'Acredito em milagre'
Ao ser questionado sobre quem apoiaria caso continue fora da disputa eleitoral em 2026, Bolsonaro evitou citar nomes
Por Da Redação.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (14) que ainda tem esperanças de reverter sua condição de inelegível. “Vamos esperar a condenação. Eu ainda acredito em milagre, acredito em Deus e que algo possa mudar”, declarou em entrevista ao portal Uol.
Ao ser questionado sobre quem apoiaria caso continue fora da disputa eleitoral em 2026, Bolsonaro evitou citar nomes, mas destacou a proximidade com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). “Tenho uma dívida de gratidão com o Tarcísio”, disse, acrescentando: “Não posso bater o martelo agora. Certas coisas, se você externar, eu deixo de ser uma pessoa procurada”.
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O ex-presidente também afirmou que tem o respaldo do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. “O Valdemar também tem dito: candidato até os 48 [minutos] do segundo tempo é Bolsonaro”, afirmou.
Bolsonaro voltou a questionar as razões pelas quais foi declarado inelegível. “O que eu poderia esperar [dos possíveis sucessores] é questionar por que eu estou inelegível, é justo?”, disse. Em tom irônico, completou: “Posso ter ficado inelegível por jogar papel no chão”.
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Ele ainda minimizou os episódios que levaram à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Fui condenado por me reunir com embaixadores no Palácio da Alvorada e por fazer um discurso no carro de som do Silas Malafaia após o 7 de Setembro de 2022. Ou seja, é um julgamento político. Não justifica o que tá acontecendo”, afirmou.
Na realidade, Bolsonaro foi declarado inelegível em dois processos distintos no TSE. Um deles, referente ao encontro com embaixadores em julho de 2022, foi julgado como abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pública, uma vez que a reunião foi transmitida pela TV Brasil, emissora estatal.
O ex-presidente também voltou a criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, acusando-o de “perseguição excessiva” e de acelerar processos que podem resultar em novas condenações. Segundo Bolsonaro, Moraes estaria atuando com celeridade nas ações que investigam sua suposta participação na tentativa de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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