Bolsonaro deixa prisão domiciliar para exames médicos após crise de soluços
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou a prisão domiciliar neste sábado (16) para realizar exames médicos
Por Bruna Castelo Branco.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou a prisão domiciliar neste sábado (16) para realizar exames médicos no Hospital DF Star, em Brasília.
Segundo seus advogados, Bolsonaro tem apresentado refluxo e sintomas de “soluços refratários”. A bateria de exames, que deve durar entre seis e oito horas, inclui coleta de sangue e urina, endoscopia e tomografia. A autorização foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a apresentação de atestado de comparecimento ao hospital.
Ao ser questionado por jornalistas, Bolsonaro afirmou que não iria se pronunciar.
Prisão domiciliar
O ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, no âmbito de uma investigação que apura sua atuação e de seus filhos na tentativa de estimular sanções estrangeiras contra a economia brasileira.
Em julho, ele já havia sido alvo de restrições impostas pelo STF, mas, segundo Moraes, descumpriu as medidas. Por isso, além da prisão domiciliar, o ministro proibiu visitas sem autorização judicial e determinou a apreensão de celulares.
Julgamento em setembro
O presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, marcou para 2 de setembro a primeira sessão de julgamento da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado.
Na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro é acusado de ser o “principal articulador, maior beneficiário e autor” das ações voltadas à ruptura do Estado Democrático de Direito para permanecer no poder mesmo após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
A PGR atribui ao ex-presidente os crimes de:
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Organização criminosa armada;
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Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
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Golpe de Estado;
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Dano qualificado contra o patrimônio da União;
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Deterioração de patrimônio tombado.
As penas máximas somadas podem resultar em até 43 anos de prisão. A definição da condenação caberá aos ministros do STF.
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