Após Overclean atingir base de Jerônimo, governador defende investigados
“São da minha base”, diz governador Jerônimo Rodrigues ao defender aliados envolvidos na Operação Overclean
Por Da Redação.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), comentou nesta sexta-feira (27) a deflagração da quarta etapa da Operação Overclean, que investiga um suposto esquema de corrupção envolvendo emendas parlamentares, fraudes em contratos públicos e uso indevido de recursos federais em prefeituras baianas.
“Não costumo soltar a mão daqueles que caminham comigo”, disse, ao reiterar a necessidade do direito à ampla defesa dos envolvidos.
Durante entrevista, o petista defendeu os prefeitos Humberto Raimundo (PT), de Ibipitanga, e Alan Machado (PSB), de Boquira, afastados dos seus cargos. A PF ainda localizou mais de R$ 3,2 milhões em dinheiro vivo na residência de Marcel José Carneiro de Carvalho (PT), ex-prefeito de Paratinga e atualmente lotado na Secretaria de Relações Institucionais (Serin), vinculada ao governo estadual.
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“É preciso que eles tenham bons advogados para tratar da pauta deles. O amparo e o apoio às pessoas que nos acompanham não pode, de forma nenhuma, abrir mão”, completou.
Durante sua fala, Jerônimo não se furtou a reconhecer o vínculo político dos investigados com sua base aliada:“Do que se colocou hoje na imprensa, os três [prefeitos] têm relação com a gente. São da minha base. E eu vou esperar o coração dos fatos”, afirmou Jerônimo, ao adotar uma postura de prudência diante das investigações.
Operação Overclean
A operação também atinge o deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT), líder estadual do partido que recentemente voltou a integrar a base do governo. Indagado sobre possíveis repercussões políticas, Jerônimo preferiu aguardar os desdobramentos da apuração antes de tomar qualquer decisão sobre o futuro dos aliados.
Coordenada pela Polícia Federal com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), a Overclean cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em Salvador, Camaçari, Ibipitanga, Boquira e Paratinga. A investigação aponta que o grupo teria manipulado licitações e exigido pagamento de propinas em troca da liberação de verbas oriundas de emendas parlamentares, com possível envolvimento direto de gestores e empresas contratadas.
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