Após ocupação do Congresso, Daniel Almeida questiona liderança de Hugo Motta

Após a bancada de oposição ocupar o congresso por 37 horas, o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) criticou a atuação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos). Segundo informou ao Aratu On, o episódio colocou em dúvida a capacidade de Motta conduzir a cadeira da Casa.

“Nos percebemos um certo espaço de vacilação. O tempo de ocupação foi muito longo, e a reação não apareceu. Entendo a origem dele, de centro direita, os compromissos que ele assumiu com esses setores, mas a representação que ele tem é de defender as instituições e o parlamento. Ali não restava dúvida do papel institucional dele, de fazer a câmara funcionar. Teve uma vacilação. E essa vacilação teve um preço, as pessoas olham com ele hoje com uma dúvida, se tem a capacidade necessária para conduzir a instituição”, declarou.

+ Após oposição desocupar plenário, Senado aprova isenção do IR

A fala foi feita durante cerimônia do Ministério das Comunicações e Caixa Econômica Federal. No ato, realizado em Salvador nesta sexta-feira (8), o comunista ainda comparou a ocupação do Congresso com a movimentação golpista do 8 de janeiro.

“Inaceitável e muito preocupante. Esse estado de rebelião permanente de alguns que perderam a eleição passada. Já fizeram a tentativa de golpe em outro momento, no 8 de janeiro, e esse episódio é mais uma tentativa de golpe. Uma chantagem para tentar sequestrar todo o funcionamento democrático das dias casa que representa o povo brasileiro. A única saída é a punição dos envolvidos com absoluto rigor”,  finalizou.

Ocupação do Congresso

A bancada de oposição no Senado decidiu encerrar, nesta quinta-feira (7), a ocupação do plenário principal, que já durava mais de 47 horas. O protesto foi realizado contra a decisão judicial que determinou prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A saída ocorreu antes da sessão deliberativa convocada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP). O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), chamou a desocupação de um “gesto” em prol do “restabelecimento da normalidade”, após reuniões internas e um encontro com Alcolumbre na noite anterior.

+Após prisão de Bolsonaro, Prefeito de Salvador é acusado de defendê-lo