Aleluia não irá retirar candidatura ao governo para apoiar nome da oposição

José Carlos Aleluia, do Novo, disse ao Aratu On que não irá retirar candidatura ao governo para apoiar outro nome da oposição

Por João Tramm.

O ex-deputado federal José Carlos Aleluia, pré-candidato ao governo da Bahia pelo partido Novo, reforçou em entrevista ao Aratu On que não pretende abrir mão de sua candidatura em 2026 para apoiar outros nomes da oposição. Ele destacou que a legenda está alinhada com sua decisão e que o diretório nacional também referendou a iniciativa.

Aleluia exerceu mandato na Câmara dos Deputados em dois períodos distintos (1991 a 2011 e 2015 a 2018). Assim como ele, João Roma (PL) e ACM Neto (União Brasil) aparecem como representantes do campo da direita para a disputa estadual. Em 2022, Roma, então candidato ao governo e presidente do PL baiano, alcançou cerca de 9% dos votos no primeiro turno, enquanto o ex-prefeito de Salvador registrou 40,8%.

No a corrida eleitoral, aparecem depois de ACM Neto e Jerônimo Rodrigues: João Roma (PL) 4%, Kleber Rosa (PSOL) 2%, José Aleluia (Novo) 1%, Indecisos 4%, Brancos e Nulos ou Não vão votar 14%.

Divulgação: Genial/Quaest

Segundo o ex-parlamentar, a fragmentação da oposição não foi determinante para a derrota de ACM Neto em 2022. Para Aleluia, o equívoco esteve na indefinição do ex-prefeito quanto ao posicionamento nacional, especialmente sobre apoiar Lula ou Bolsonaro. “Essa possibilidade [de retirar minha candidatura] não existe. Minha candidatura terá alinhamento nacional definido. Esse foi um dos principais erros de Neto. Se o partido decidir apoiar Tarcísio, vamos apoiar. Se for Ratinho, também iremos apoiar. Nós teremos candidato”, afirmou.

Ele ainda ressaltou que sua candidatura dialoga com o eleitorado do interior do estado. “O interior da Bahia defende a direita, quer proteção às suas terras. Não quer ouvir falar de droga, como alguns da esquerda defendem. O interior quer autoridade, e não um governo que, em vez de enfrentar o crime organizado, prefira dialogar com ele”, declarou.

Sobre a negociação com outros partidos para apoiá-lo, Aleluia garantiu que mantém conversas com todas as legendas, exceto com o PT e partidos ligados à federação que o apoia. “O partido [Novo] está totalmente de acordo com a candidatura, em especial a direção nacional. Dialogo com todos os partidos menos o PT, ou que estejam na federação com o PT”, disse.

Em tom crítico, o pré-candidato classificou o presidente da República como um obstáculo para o país. “Lula é um grande atraso para o Brasil. Jerônimo não existiria se não fosse Lula”, disparou.

O vereador de Salvador, Alexandre Aleluia (PL), filho do ex-deputado, também falou ao Aratu On e defendeu o nome do pai na disputa pelo governo. Ele afirmou que, caso o PL não mantenha a candidatura de João Roma, a sigla deveria se unir em torno de José Carlos Aleluia. Alexandre deve disputar uma cadeira de deputado federal em 2026.

Alexandre e José Calos Aleluia

ACM Neto e João Roma se reencontram

Enquanto isso, outros nomes da oposição começam a articular aliança. Pré-candidatos ao governo da Bahia em 2026 e que nos últimos anos estiveram em campos políticos opostos, ACM Neto (UB) e João Roma (PL) voltaram a dividir o mesmo espaço público.

Os dois participaram, neste sábado, da inauguração da rádio Conquista FM, em Vitória da Conquista, acompanhados pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB).

O gesto reforça a leitura de um possível reaproximamento entre Neto e Roma, que já dividem o mesmo palanque em eventos durante o período junino, em cidades como Camaçari, Cruz das Almas, Feira de Santana e Itamaraju.

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