Salvador avança em nota do Ideb nos anos finais e ocupa terceira posição entre as capitais do Nordeste nos anos iniciais
Município superou as metas previstas pelo índice tanto para os anos iniciais quanto para os anos finais do ensino fundamental
Divulgado nesta sexta-feira (16/9), o Índice Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2021 mostra que Salvador segue cumprindo todas as metas previstas pelo indicador, com significativo avanço nos anos finais do ensino fundamental e aparecendo em terceiro lugar entre as capitais nordestinas quando são avaliados os anos iniciais.
Nos anos finais, a capital baiana passou de 3,9 em 2017 para 4,3 em 2019, chegando à nota de 4,7 em 2021. A meta para essa faixa, também chamada de Ensino Fundamental II, era de 4,5. Já no Ensino Fundamental I, os chamados Anos Iniciais, a cidade teve nota 5,4, também acima da meta, de 5,1. Entre as capitais do Nordeste, Salvador teve a terceira maior nota, atrás somente de Teresina (6,3) e Fortaleza (5,8).
Somente na atual gestão, foram inauguradas 13 escolas, com outras 23 unidades em licitação ou construção. A previsão é de que, até o começo do próximo ano, a capital chegue a 36 novas escolas. Desde o começo da atual administração, foram ainda 133 escolas reformadas. No total, mais de 75% da rede foi requalificada, com escolas novas, construídas, reconstruídas, reformadas ou ampliadas.
O prefeito Bruno Reis destacou que o resultado obtido no Ideb é fruto de um trabalho de requalificação e modernização da rede municipal associado às ações de valorização e melhoria das condições de trabalho para os profissionais da educação. “Nós requalificamos praticamente todas as escolas municipais, num trabalho iniciado pela gestão do ex-prefeito ACM Neto e intensificado por nós. Educação para nós é prioridade e hoje podemos celebrar que superamos as metas propostas pelo Ideb”, disse.
O chefe do Executivo municipal ressaltou ainda os investimentos que estão sendo feitos em tecnologia, de forma a ampliar a inclusão digital nas escolas e garantir que os alunos tenham acesso a mais ferramentas para o processo de aprendizado. “Trouxemos para Salvador as Escolabs, em parceria com o Google, criamos o Subúrbio 360 e vamos entregar 106 mil tablets para os estudantes e 8 mil chromebooks para professores da rede municipal. Seguiremos investindo para qualificar a rede e valorizar nossos professores”, salientou.
Investimentos – Além dos investimentos na rede física, a Prefeitura também desenvolve o programa Pé na Escola, que ampliou o acesso das crianças no segmento da Educação Infantil. Na prática, a administração municipal compra vagas em escolas particulares para que os estudantes que não conseguiram vaga na rede pública tenham onde estudar. A capital conta com 58 unidades escolares parceiras, ofertando 7.267 vagas de creche e 6.626 de pré-escola, totalizando 13.893 vagas. O investimento é de aproximadamente R$55 milhões.
O secretário municipal da Educação (Smed), Marcelo Oliveira, afirmou que os investimentos nas melhorias em toda a rede são constantes. Somente este ano, ele pontua, a Prefeitura já entregou cinco escolas totalmente reconstruídas. “Desde o ano passado, mais de 150 escolas da nossa já foram reformadas ou estão passando por intervenções, de forma a melhorar o ambiente de ensino e aprendizagem tanto para os estudantes quanto para os professores”, disse o secretário.
Desde a gestão passada, a capital tem investido na educação acima do mínimo constitucional de 25% da receita corrente líquida. No ano passado, mesmo desobrigado a cumprir o percentual em função da pandemia, o prefeito também aplicou acima do índice.
Ainda na ocasião, Salvador universalizou o acesso à pré-escola, a faixa de crianças entre 4 e 5 anos, com cobertura de 98,8%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2019.
Com relação à taxa de crianças matriculadas em creches nos anos iniciais (de 0 a 3 anos) em Salvador, o município alcançou 43,6% no ano passado, estando entre as sete capitais com maior índice de escolarização. Em 2010, o censo mostrava que a cidade atendia apenas 29,47% das crianças de 0 a 3 anos de idade e 88,5% das crianças de 4 e 5 anos nas unidades de ensino municipais.
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