Polícia do Rio de Janeiro investiga morte de jovem congolês espancado após cobrar diárias de trabalho; corpo foi amarrado
Até o momento, oito pessoas já foram ouvidas pela polícia, das quais cinco estariam envolvidas no assassinato. Moïse e sua família vieram para o Brasil em 2011, como refugiados políticos, fugindo da guerra na República Democrática do Congo, no continente africano.
A Delegacia de Homicídios da cidade do Rio de Janeiro investiga a morte de Moïse Kambagabe, jovem congolês de 25 anos, cujo corpo foi encontrado amarrado em uma escada, na última terça-feira (25/1). Até o momento, oito pessoas já foram ouvidas pela polícia, das quais cinco estariam envolvidas no assassinato.
Moïse trabalhava em no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e foi espancado após cobrar por duas diárias de trabalho. As agressões teriam durado pelo menos 15 minutos e foram gravadas pelas câmeras de segurança do estabelecimento, situado próximo ao Posto 8 da praia.
Segundo a família da vítima relatou ao G1 Rio de Janeiro, o jovem foi agredido por cinco homens, incluindo o dono do quiosque, durante 15 minutos, aproximadamente. Eles utilizaram pedaços de madeira e um taco de beisebol.
Os parentes só souberam da morte quase 12 horas depois do crime. "Meu filho cresceu aqui, estudou aqui. Todos os amigos dele são brasileiros. Mas hoje é uma vergonha. Morreu no Brasil. Quero justiça”, falou Ivana Lay, mãe de Moïse.
REFUGIADO
Moïse e sua família vieram para o Brasil em 2011, como refugiados políticos, fugindo de conflitos armados na República Democrática do Congo, no continente africano. Ao G1, um primo da vítima, Chadrac Kembilu, questionou: "Uma pessoa de outro país que veio ao seu país para ser acolhido. E vocês vão matá-lo por que ele pediu o salário dele? Porque ele disse: ‘Estão me devendo?’”.
O sepultamento de Moïse ocorreu no domingo (30), no Cemitério de Irajá, zona norte do Rio.
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