CAMAÇARI: Irregularidades em manutenção pode ter provocado tragédia; Farmácia nega obra

Uma nova polêmica gira em torno da explosão que matou, na tarde da última quarta-feira (23/11), nove pessoas que estavam no interior da Farmácia Pague Menos, localizada no centro de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.

Há indícios de que os operários que realizavam uma obra de manuteção no estabelecimento não eram habilitados para a realização da tarefa. Informações iniciais de testemunhas, dão conta de que eles faziam uso de um maçarico, que funcionava conectado a um botijão de gás de cozinha.

No local, antes do acidente, já havia relatos de um provável vazamento da substância, devido ao cheiro forte. Técnicos do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), em Camaçari, realizam inspeções para levantar informações que ajudem a esclarecer essas informações.

Não se sabe, ainda, se a obra estava autorizada, de acordo com as normas exigidas pelo CREA. Até então, não há informações de que o serviço, que aparentemente era realizado por trabalhadores autônomos, estivesse registrado e regularizado pela prefeitura.

Outro ponto muito comentado entre os familiares das vítimas é o horário em que o trabalho estava sendo feito. Já que o serviço oferecia algum tipo de risco, deveria ser executado, não somente por técnicos habilitados, mas no momento em que o estabelecimento estivesse com o expediente encerrado.

Essa situação de imprudência foi, inclusive, ressaltada por peritos durante coletiva dada por representantes das forças de segurança envolvidas na investigação e resgate de vítimas da tragédia, ontem à tarde. No entanto, o assessor jurídico da Farmácia Pague Menos, Geraldo Gadelha, informou que não existia uma obra, mas apenas um reparo no telhado.

A titular da 18ª Delegacia Territorial (DT/Camaçari), delegada Thaís Siqueira, disse que instaurou um inquérito para apurar as causas do acidente.

Veja reportagem de Bruno Sales da TV Aratu

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Matéria publicada originalmente às 7h29