Alemanha, Itália, França e Espanha suspendem uso de vacina da AstraZeneca por efeitos colaterais

Os governos da Alemanha, Itália, França e Espanha suspenderam o uso da vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela farmacêutica britânica AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (15/3).

De acordo com o jornal Valor, da Globo, os países explicaram que a medida foi tomada por "precaução", devido aos relatos de formação de coágulos sanguíneos em pessoas que receberam a dose da vacina. 

O governo da Alemanha informou, em nota, que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), órgão que atua como regulador na União Europeia (UE), irá decidir se os relatos afetarão a autorização do imunizante. A agência deve se pronunciar sobre os casos nesta terça (16). 

Já na Espanha, a decisão de suspender a vacina foi tomada durante uma reunião entre a minsitra da Saúde, Carolina Darias, e representantes de governos regionais. O anúncio oficial ainda deve ocorrer e o imunizante deve ser suspenso pelo prazo de 15 dias. 

Outros países europeus, como Noruega, Dinamarca e Islândia, já haviam suspendido o uso da vacina temporariamente. O Reino Unido, no entanto, defendeu a segurança do imunizante e decidiu manter o uso. 

SEM EVIDÊNCIAS

A AstraZeneca afirmou, neste último domingo (14), que conduziu uma análise com pessoas imunizadas com a vacina, e que não encontrou evidências de um risco aumentado de coágulos sanguíneos. As informações são do portal UOL. De acordo com o site, o estudo abrangeu 17 milhões de pessoas vacinadas em países da União Europeia e Reino Unido. 

"Uma revisão cuidadosa de todos os dados de segurança disponíveis de mais de 17 milhões de pessoas vacinadas na União Europeia e no Reino Unido com a vacina da AstraZeneca não mostrou nenhuma evidência de aumento do risco de embolia pulmonar, trombose venosa profunda ou trombocitopenia, em qualquer grupo de idade definida, gênero, lote ou em qualquer país em particular", comunicou a empresa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também afirmou que não há razão para interromper o uso da vacina.

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