Inflação de Salvador volta a bater recorde: índice é o maior para um mês de setembro em 18 anos
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 1,11% na Região Metropolitana de Salvador (RMS) em setembro. A média de preços voltou a acelerar, ou seja, aumentar rapidamente.
Apesar de estar registrando aumento há cerca de um ano, nos últimos três meses o aumento tinha diminuido. Agora, segundo o boletim divulgado nesta sexta-feira (8/10), esse foi o maior para um setembro em 18 anos - desde 2003, quando havia ficado em 1,37%.
Ainda assim, a inflação da RM Salvador seguiu um pouco abaixo da registrada no país como um todo, onde o IPCA foi a 1,16%, em setembro - o maior para o mês desde o início do Plano Real, em 1994.
MERCADO
Apesar do recorde na inflação mensal, o setor de alimentos e bebida mostrou uma desaceleração em setembro, ou seja, houve aumento, mas foi menor do que o de agosto, ficando 0,54% mais caro. Ainda assim, grupos de alimentos importantes no dia a dia tiveram altas relevantes, como aves e ovos (4,17%), bebidas e infusões (3,39%) e as carnes em geral (0,80%).
Por outro lado, 4 dos 5 produtos que mais contribuíram para segurar o aumento do IPCA da RMS em setembro foram alimentos, liderados pelo tomate (-14,63%) e pelo pão francês (-3,05%).
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MAIS CARO
O IBGE revela que todos os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA apresentaram altas na Região Metropolitana de Salvador, no mês de setembro. Isso não acontecia, para um mês fechado, em pouco mais de três anos, desde maio de 2018.
As despesas com habitação tiveram o segundo maior aumento médio, de 2,71%, e lideraram em termos de contribuição para a alta do IPCA. A energia elétrica subiu 5,92% e foi o maior "vilão" do mês, acompanhada so aumento do gás de botijão, 4,63% mais caro.
O grupo transportes deu a segunda maior contribuição de alta no índice de setembro, 1,56% maior, puxado pelas passagens aéreas (39,59%), que tiveram o maior aumento entre as centenas de produtos e serviços pesquisados para formar o IPCA. As altas de conserto de automóvel (1,77%) e transporte por aplicativo (15,54%, segundo maior aumento do mês) também foram relevantes.
Vestuário completou o trio de principais pressões de alta no custo de vida na RMS, em setembro, com o maior aumento dentre os grupos, de 2,80%.
ACUMULADO
o IPCA de Salvador e região tem alta de 6,81% no acumulado de janeiro a setembro de 2021. Segue abaixo do índice nacional (6,90%), mas já é o maior acumulado para um ano desde 2015.
Considerando os 12 meses encerrados em setembro, o índice ficou em 9,54%. Nacionalmente, o IPCA bateu a casa dos dois dígitos, chegando a 10,25% nos 12 meses encerrados em setembro, com 10 das 16 áreas investigadas também já apresentando inflação igual ou maior que 10,00%.
INPC
o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com menores rendimentos (até 5 salários mínimos), também sofreu aumento. O índice subiu 1,13% em setembro, ficando até um pouco maior que o IPCA (1,11%).
A RMS ficou abaixo do resultado do país como um todo (1,20%), mas, ainda assim, foi o maior INPC para um mês de setembro na RMS desde 2003. De janeiro a setembro de 2021, o INPC acumula alta de 7,09% na RM Salvador e chega a 9,87% nos 12 meses encerrados em setembro. No Brasil como um todo, os acumulados são, respectivamente, 7,21% e 10,78%.
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