Olimpíada será realizada em Tóquio mesmo sob estado de emergência, diz Comitê Internacional
Vice-presidente da entidade garante que a competição será realizada em qualquer circunstância
O Comitê Olímpico Internacional (COI) informou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (21/5), que as Olimpíadas de Tóquio continuarão mesmo se a cidade japonesa estiver em estado de emergência devido à pandemia da Covid-19.
Faltando só nove semanas para o início dos Jogos, o COI procurou acalmar os temores do Japão de que o evento represente um fardo ao sistema médico, já pressionado pela pandemia, ao final de um encontro virtual de três dias para debater os preparativos.
Como incentivo à Olimpíada, que foi adiada em um ano devido à pandemia, foi anunciado que o presidente francês, Emmanuel Macron, cujo país sediará os Jogos de 2024, planeja comparecer à cerimônia de abertura de Tóquio.
Indagado se a Olimpíada acontecerá mesmo que Tóquio esteja sob estado de emergência, o vice-presidente do COI, John Coates, que supervisiona os preparativos, respondeu: "certamente que sim". Ele acrescentou que "todos os planos que temos à disposição para garantir a segurança e a proteção dos atletas e do povo do Japão se baseiam nas piores circunstâncias possíveis".
Coates, que concedeu entrevista coletiva ao final da reunião, disse que mais de 80% dos ocupantes da Vila Olímpica serão vacinados antes de 23 de julho, quando a Olimpíada começa. Ele ainda disse que pessoal médico adicional será parte das delegações olímpicas estrangeiras para apoiar as operações médicas e a implantação das medidas contra o vírus.
O Japão só vacinou 4,1% de sua população, de acordo com um monitor global da Reuters, a taxa mais lenta entre os maiores e mais ricos países do mundo, e só cerca de metade de seu corpo médico já completou a imunização.
Contrastando com algumas outras nações do G7 que estão começando a abandonar as medidas de lockdown, a maior parte do Japão continua submetida a restrições de emergência em meio a uma quarta onda de infecções. Coates disse esperar que a aceitação pública dos Jogos aumente à medida que mais pessoas se vacinem. "Mas se não aumentar, nossa posição é que só temos que seguir com nosso trabalho. Nosso trabalho é fazer com que os Jogos sejam seguros para todos os participantes e todo o povo do Japão", concluiu.
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