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Após transferência de Agnaldo Timóteo, critérios da regulação são questionados

Após transferência de Agnaldo Timóteo, critérios da regulação são questionados

Por Da Redação

Após transferência de Agnaldo Timóteo, critérios da regulação são questionadosreprodução/vídeo

A situação inesperada vivida, na Bahia, pelo cantor Agnaldo Timóteo fez retomar uma antiga discussão em tono dos critérios utilizados pelo sistema de regulação de pacientes, que necessitam de vagas em unidades de saúde, adequadas para o atendimento de casos que oferecem riscos e requerem assistências especializadas.


Cumprindo agenda de shows, Timóteo estava, na última segunda-feira (20/5), na cidade de Santa Rita de Cássia, no oeste baiano, quando passou mal e deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), apresentando um quadro de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Constatada a seriedade do caso, o artista foi encaminhado para o Hospital do Oeste, em Barreiras.


Como a unidade hospitalar não disponibilizava os recursos necessários para atender ao seu estado clínico, o governo do estado disponibilizou uma aeronave para transferir o artista famoso, de 82 anos, para o Hospital Roberto Santos, em Salvador, a cerca de 883 km de distância.


Na capital baiana, Timóteo foi submetido a um cateterismo e segue internado na UTI da unidade de saúde. O seu quadro é considerado estável, mas não há previsão de alta. A agilidade na transferência do paciente foi de grande importância para a manutenção de sua vida. ?Se não fizesse isso, o caso seria outro. Não seria estável como tá hoje?, disse o filho do cantor, Márcio Timóteo, agradecendo a atitude do estado.


Na última quarta-feira (22/5), Márcio, que é assessor do pai e estava com ele no interior da Bahia, conversou com a reportagem do programa Que Venha o Povo (QVP) da TV Aratu, quando comentou sobre sua recuperação.


?Graças a Deus o estado de saúde dele hoje é estável. Hoje pela manhã os médicos fizeram uma tomografia e vão fazer uma ressonância, pra poder saber realmente o que aconteceu, porque, na verdade, ele teve um princípio de AVC, não foi um AVC, e como teve esse quadro, tem que ser uma coisa bem rigorosa?, ponderou.


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No entanto, infelizmente, nem todos têm a mesma sorte. Um desses casos foi o de Edson Cardoso Silva, 69 anos. Ele morreu após ficar seis dias internado na UPA do bairro de Itapuã, em Salvador. O idoso, apresentando sintomas da gripe do tipo H1 N1, estava inscrito na regulação e aguardava por vaga na UTI de um hospital. Familiares do paciente sabia da gravidade do seu estado de saúde e havia feito um apelo ao estado, através do QVP.


O paciente não resistiu, indo a óbito na quarta-feira (22/5). “Meu pai poderia estar vivo. Foi uma negligência. Os médicos disseram que cada dia que passava [na UPA], a situação se agravava”, desabafou, Rafaela Rodrigues, filha de Edson, em entrevista para o QVP. “Essa regulação que inventaram, eles colocam quem eles querem. Eles terminam escolhendo quem vai morrer e quem vai ficar”, acrescentou.


Em outra situação, registrada pelo programa da TV Aratu, uma criança de 1 ano e 10 meses viveu o drama da espera por uma transferência, mas acabou conseguindo devido à luta da família por providências. A pequena Laura estava em um Centro de Saúde, no bairro de Cajazeiras 8, há 3 dias, com suspeita de dengue hemorrágica e sua transferência aconteceu, justamente, no momento em que a reportagem do QVP cobria a situação na frente da unidade.


CONTRAPONTO


Na ocasião da denúncia feita por Rafaela Rodrigues, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) enviou nota para a produção da TV Aratu se posicionando com relação ao caso. Confira:


A regulação é feita de acordo com critérios médicos. Cabe ressaltar que os relatórios médicos devem ser atualizados no sistema a cada 24 horas, o que significa que a ausência desse procedimento impossibilita o atendimento da demanda. A equipe que acompanha o paciente na unidade que ele está internado informa a Central Estadual de Regulação qual o seu perfil. De acordo com a necessidade apresentada no relatório preenchido pelos médicos da unidade de origem, os médicos da Central Estadual de Regulação buscam uma unidade que possa atender.


Na Bahia, de acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), são 22.891 leitos SUS. Desses, 5.431 estão em Salvador.


* Em relação ao paciente Edson Cardoso e Silva, a equipe da Central Estadual de Regulação buscou intensivamente um leito de UTI para a transferência do mesmo, infelizmente não houve essa disponibilidade.


VEJA A REPORTAGEM DO QVP:



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