Ameba zumbi: homem tem cérebro "comido" por microorganismo

Inicialmente, a infecção causada pela bactéria pode ser confundida com uma meningite

Por Da Redação.

Ameba zumbi: homem tem cérebro "comido" por microorganismoPexels/Ilustrativa

Essa semana, um porta-voz oficial da Agência Estadual de Saúde de Charlotte, na Flórida, Estados Unidos, divulgou a morte de um morador após ser infectado por uma ameba rara, a Naegleria Fowleri, mais conhecida como "comedora de cérebro".

De acordo com as informações da Agência Estadual de Saúde, o paciente havia enxaguado o nariz com água da torneira, o que possibilitou que a ameba o infectasse pelos seios nasais, chegando ao cérebro.

Segundo o Pós-PhD em neurociências e biólogo Fabiano Agrela, a ameba possui um grande potencial de danificar células cerebrais após a infecção.

"O caso é bastante raro, tanto pela própria infecção, quanto pela forma como ela ocorreu. Esse tipo de ameba geralmente está presente em águas mais aquecidas e em áreas abertas, como lagos, e infecta nadadores ao entrar em contato com suas vias nasais. Quando a água é ingerida pela boca, o ácido estomacal mata o microorganismo".

SINTOMAS

Segundo o biólogo, inicialmente, a infecção causada pela bactéria pode ser confundida com uma meningite. "Nos estágios iniciais, cerca de cinco dias após a infecção, os sintomas se assemelham a uma meningite bacteriana, mas podem evoluir rapidamente, causando rigidez no pescoço, perda de atenção, convulsão, confusão mental, alucinações e coma".

E, por ser uma doença rara, o diagnóstico nem sempre é feito há tempo: "Essa infecção é tão rara que o diagnóstico é feito, normalmente, após a morte do paciente. Não existe tratamento realmente eficaz, o que causa mais de 97% de mortes. Por isso, a prevenção é a melhor escolha: optar sempre por água estéril ou destilada para higienizar o nariz, ou ferver a água da torneira e ter precaução ao nadar em lagos e rios, como usar prendedores de nariz e manter a cabeça fora d'água".

Não há um tratamento específico para infecção, o que faz com que a mortalidade seja alta: "Ainda não existem tratamentos efetivos para a condição, mas, normalmente, são administrados medicamentos como azitromicina, fluconazol e rifampicina, utilizados nos pacientes que sobreviveram à infecção em outras ocasiões".

Funcionários das agências governamentais dos Estados Unidos seguem investigando como ocorreu a infecção. Informações sobre a identidade do paciente não foram reveladas.

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