Política

Bolsonaro confessa ter sido informado de esquema da Covaxin; "Não posso tomar providência de tudo que chega a mim"

Presidente confirmou ter encontrado Luiz Miranda na reunião onde ele denunciava o esquema descoberto por seu irmão

Por Da Redação

Bolsonaro confessa ter sido informado de esquema da Covaxin; "Não posso tomar providência de tudo que chega a mim"Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, na manhã deste sábado (10/7), que se encontrou com o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) para tratar das irregularidades encontradas no contrato de compra da vacina Covaxin. Em entrevista à rádio Gaúcha, durante viagem ao Rio Grande do Sul, o mandatário se defendeu dizendo que "não pode tomar providências" sobre tudo que chega para ele.


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"Eu não me reuni... Ele pediu uma audiência pra conversar comigo sobre várias ações. Eu tenho reunião com mais de 100 pessoas por mês, dos mais variados assuntos. Eu não posso simplesmente, ao chegar qualquer coisa pra mim, tomar providência", confessou. Bolsonaro é investigado pelo crime de prevaricação por não ter levado adiante as denúncias.


O chefe de estado ainda afirmou que o governo não gastou "um real" com a vacina e que os fatos narrados na CPI da Covid sobre o superfaturamento do contrato são uma "história fantasiosa". De acordo com o jornal o Globo, ele ainda atacou os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a quem chamou de "bandidos".


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"A compra seria 400 milhões de doses. A compra seria mil por cento sobre o faturamento. Não é a imprensa, é o que a CPI andou falando. Superfaturamento: mil por cento. Dose 15 dólares, passou para 150 dólares. Você multiplica 400 milhões de doses, vezes 150 dólares, vezes 5 reais. Isso dá 300 bilhões de reais. Isso é um coisa absurda, pelo amor de Deus. Eu assinei uma MP de 20 bilhões para comprar vacina para todo mundo. É uma história fantasiosa. Só serve a Renan Calheiros, só serve a Omar Aziz ou aquele deputado Randolfe lá do Estado dele, não é nada isso aí!", reclamou.


Os chefes da CPI enviaram uma carta pedindo que o presidente se defendesse das acusações de prevaricação, na época do depoimento dos irmãos Miranda, mas, neste sábado (10/7), ele voltou a dizer que não responderia. "Não tenho obrigação de responder. Ainda mais carta pra bandido. Três bandidos [senadores Omar Aziz, Rena Calheiros e Randolfe Rodrigues]", decidiu.


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