"Não tenho como saber o que acontece", diz Bolsonaro sobre suspeita de irregularidades envolvendo a Covaxin
As negociações para a compra da vacina indiana Covaxin é o centro das investigações da CPI da Covid no Senado.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta segunda-feira (28/6), que desconhecia os detalhes sobre o contrato de compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde e voltou a sustentar que quando recebeu o deputado Luis Miranda (DEM-DF), não sabia como estavam as negociações para a compra do imunizante.
Bolsonaro disse que não consegue ter controle sobre o que acontece em cada ministério. "Somos 22 ministérios e só o ministério do Rogério Marinho tem 20 mil obras. Tem o Tarcísio (Freitas, ministro da Infraestrutura), tem a Damares (Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos), o da Justiça, da Educação... Não tenho como saber o que acontece nos ministérios, vou na confiança em cima de ministro. E nada fizemos de errado. Agora botam narrativa de que vacina fissura o governo no tocante da corrupção", afirmou em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
"Inventaram a corrupção virtual, né? Não recebemos uma dose, não pagamos um centavo", completou. Bolsonaro foi acusado pelo parlamentar de ignorar alertas para supostas irregularidades no contrato de aquisição do imunizante, como superfaturamento e favorecimento indevido à empresa responsável pela intermediação. O irmão do parlamentar, Luis Ricardo Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, é o autor da denúncia. Em depoimento à CPI da Covid, o servidor disse ter informado ao presidente três nomes de pessoas que o pressionaram a efetuar a importação da Covaxin.
De acordo com o parlamentar, o líder do governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), seria o responsável pela condução das tratativas de compra da vacina.
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