Daniel Alves tem bens bloqueados em ação judicial por dívida de R$ 7,7 mi
Bloqueio de bens de Daniel Alves faz parte de um processo movido por um fundo de investimentos, que busca a recuperação do valor
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou o bloqueio de bens do ex-jogador Daniel Alves devido a uma dívida que soma R$ 7,7 milhões. A decisão atende a um processo movido por um fundo de investimentos, que busca a recuperação do valor.
A ação judicial está ligada à cessão de créditos resultante do distrato firmado entre o lateral e o São Paulo Futebol Clube, onde o atleta jogou entre 2019 e 2021.

Na época, Daniel Alves recebeu antecipadamente R$ 11,5 milhões do fundo de investimentos. Como garantia, o ex-atleta cedeu o valor total que o São Paulo se comprometeu a pagar-lhe em 52 parcelas, que, somadas, alcançavam R$ 19,7 milhões, conforme informações do SBT News.
O fundo alega que, a partir de 2023 – período em que Daniel Alves estava detido na Espanha sob a acusação de estupro –, os pagamentos foram interrompidos. Sem conseguir um acordo para a renegociação da dívida, a empresa financeira recorreu à Justiça para garantir o pagamento.
Caso Daniel Alves
Natural de Juazeiro, no norte da Bahia, Daniel foi condenado a quatro anos e meio de prisão por estupro de uma jovem de 23 anos em uma boate na Espanha. Alves deixou a cadeia em março de 2024, após pagar a fiança de um milhão de euros (cerca de R$ 5,4 milhões). O baiano cumpriu 14 meses da sua condenação.
A Justiça espanhola determinou medidas restritivas ao ex-jogador. Ele não pode deixar o país e teve que entregar seus passaportes brasileiro e espanhol, além de precisar comparecer semanalmente diante da Corte de Barcelona.
Ministério Público recorre de decisão que anulou condenação de Daniel Alves
Em maio deste ano, o Ministério Público da Espanha apresentou um recurso à Suprema Corte do país contra a decisão que anulou a condenação do ex-jogador Daniel Alves por estupro. A promotoria questiona o entendimento da Justiça espanhola, que considerou o depoimento da vítima insuficientemente confiável para manter a sentença.
Segundo o jornal El País, o recurso se apoia em um único fundamento legal. A acusação sustenta que a sentença original, que determinava 4 anos e 6 meses de prisão para o ex-jogador, foi “exaustiva e absolutamente racional” e que o depoimento da vítima “foi crível”.

A promotoria destaca que havia provas suficientes para sustentar a condenação, entre elas o fato de Daniel Alves ter admitido que houve penetração — embora alegue que foi consensual — e a existência de material genético do jogador na boca da vítima.
Siga a gente no Insta, Facebook, Bluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).