Casais que se conheceram pela internet são menos felizes, diz estudo

Pessoas começam relacionamentos amorosos pela internet podem ter menos satisfação no relacionamento

Por Bruna Castelo Branco.

Pessoas que iniciam relacionamentos amorosos pela internet tendem a relatar menor satisfação em comparação àquelas que se conheceram pessoalmente. A conclusão é de um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália (ANU), publicado na revista científica Telematics and Informatics.

A pesquisa analisou dados de 6.646 indivíduos de 50 países, avaliando a forma como os casais se conheceram e o grau de satisfação com o relacionamento. Segundo o levantamento, cerca de 21% dos participantes que começaram a se relacionar após 2010 conheceram seus parceiros online.

Risco de sofrer infarto aumenta às segundas-feiras, aponta estudo

Gagueira não é 'falha' pessoal: estudo genético reforça origem biológica

A pesquisa analisou dados de 6.646 indivíduos de 50 países. | Foto: Ilustrativa/Pexels

“Os participantes que conheceram seus parceiros online relataram menor satisfação no relacionamento e intensidade do amor vivenciado, incluindo intimidade, paixão e comprometimento, em comparação com aqueles que se conheceram offline”, afirmou o coautor do estudo, Adam Bode, em comunicado.

De acordo com a pesquisa, casais que se conheceram pessoalmente tendem a ter mais semelhanças de origem social e educacional. “Origens sociais e educacionais semelhantes podem influenciar positivamente a qualidade do relacionamento ao promover maior apoio e aceitação social, experiências de vida compartilhadas e alinhamento de valores e visões de mundo”, disse Bode.

Mulheres são as que mais morrem de hipertensão por consumo excessivo de álcool

De acordo com a pesquisa, casais que se conheceram pessoalmente tendem a ter mais semelhanças de origem social e educacional. | Foto: Ilustrativa/Pexels

O pesquisador destacou ainda que “a internet oferece acesso a um conjunto aparentemente ilimitado de parceiros em potencial. Porém, embora essa abundância possa ajudar os indivíduos a encontrar o par ideal, na prática, muitas vezes leva a uma sobrecarga de opções”.

O estudo também contraria percepções comuns sobre o namoro online. “Em nosso estudo, indivíduos de áreas rurais e urbanas tinham a mesma probabilidade de conhecer seus parceiros online”, explicou Bode. A análise não encontrou evidências de que pessoas mais jovens tenham maior propensão a iniciar relacionamentos pela internet, o que, segundo os autores, indica que o acesso a plataformas digitais de namoro é amplo entre diferentes faixas etárias.

O estudo também contraria percepções comuns sobre o namoro online. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Com o crescimento de aplicativos como Tinder, Bumble e Happn, o processo de escolha de parceiros se tornou mais rápido e visual, fenômeno descrito pelos pesquisadores como parte da “cultura do deslizar”. Para Bode, isso alterou o propósito original do namoro online. “Enquanto os primeiros usuários buscavam parceiros para a vida toda, os usuários modernos buscam cada vez mais relacionamentos casuais. Essa mudança para relacionamentos de curto prazo e menos comprometidos pode, por sua vez, contribuir para uma menor qualidade dos relacionamentos”, afirmou.

Ele acrescenta que interações virtuais também apresentam limitações na percepção de alertas importantes. “A outra complicação que ocorre online é o risco de ignorar possíveis sinais de alerta que são mais aparentes em interações da vida real”, completou.

Siga a gente no InstaFacebookBluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).

Comentários

Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.