Interior

Policial militar investigado por executar mulher em Ilhéus é demitido

O suspeito está preso desde 18 de janeiro, mas ainda não havia sido desligado da corporação

Por Da Redação

Policial militar investigado por executar mulher em Ilhéus é demitidoCréditos da foto: Redes Sociais

O policial militar João Wagner Madureira, investigado por matar uma mulher de 23 anos em um posto de combustíveis em Ilhéus, no sul da Bahia, foi demitido quase 10 meses após o crime. O suspeito está preso desde 18 de janeiro, mas ainda não havia sido desligado da corporação.


O crime, que aconteceu no dia 11 de janeiro, foi filmado por câmeras de segurança do posto de gasolina. Nas imagens, é possível ver uma discussão entre o policial e a vítima, Fernanda Santos Pereira.


Armado, o agente empurrou e agrediu a jovem na frente de outras pessoas que estavam no local. Depois, atirou na cabeça dela. Fernanda foi socorrida por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para o Hospital Costa do Cacau, mas não resistiu aos ferimentos.


Dias após o crime, o PM se apresentou na delegacia, onde foi ouvido e liberado. Na época, ele disse que o tiro foi acidental. Em seguida, a Polícia Militar afastou João das atividades.


A decisão pela demissão do suspeito só foi divulgada em 7 de novembro. No documento, o conselho afirmou que ele "violou os preceitos deontológicos" da corporação.


Em janeiro, os advogados do PM enviaram uma nota à imprensa afirmando que ele não conhecia a vítima. Além disso, a defesa do suspeito afirmou que a vítima estava "descontrolada" no momento do confronto.


Briga


O delegado Helder Carvalhal, titular do Núcleo de Homicídios, detalhou, em entrevista à TV Santa Cruz, que João Wagner havia ido ao posto de combustíveis naquela madrugada para recuperar a chave do apartamento de uma tia. Fernanda estaria com a chave por achar que a mulher havia lhe roubado uma caixa de som.


"Nós verificamos que não há um disparo acidental. O que nós percebemos, de acordo com as imagens, depoimentos colhidos, testemunhas ouvidas... Houve o acionamento do gatilho da arma e, por essa razão, a Polícia Civil entende que houve a prática de um crime de homicídio".


Imagens de câmeras de segurança mostram o momento que o PM chega ao local e procura pela vítima. Os dois, então, discutem verbalmente e ele começa as agressões, até que saca a arma, imobiliza a jovem e atira contra ela.


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