MP-BA busca impedir guerra de espadas em Campo Formoso
Recomendação do MP-BA busca impedir guerra de espadas no São Pedro de Campo Formoso
Por Da Redação.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) emitiu, nesta sexta-feira (27), uma recomendação formal direcionada às autoridades de Campo Formoso, solicitando medidas concretas para impedir a realização da tradicional, porém ilegal, “guerra de espadas” durante os festejos juninos de São Pedro.
A iniciativa foi tomada pela promotora de Justiça Aline Curvêlo, em virtude da proximidade dos festejos populares no município, notadamente nas praças Castro Alves e da Feira — locais onde historicamente ocorrem episódios de queima de espadas. A promotora enfatizou que a produção, comercialização e uso desses artefatos pirotécnicos configuram infrações criminais previstas na legislação em níveis federal, estadual e municipal, devido ao alto risco de acidentes e ameaças à integridade física da população.
De acordo com o MP-BA, a recomendação foi encaminhada a diversos órgãos, entre eles a Prefeitura de Campo Formoso, a Delegacia local da Polícia Civil, o Comando da Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Estadual, a Câmara de Vereadores, a 19ª Coorpin, o Corpo de Bombeiros e a Superintendência Municipal de Trânsito.
Guerra de Espadas
Em Conceição do Almeida, no Recôncavo baiano, a polêmica sobre a guerra de espadas também tem sido destaque. Após um vídeo do ex-gestor municipal Ito de Bega circular nas redes, a atual prefeita Renata Suely (PSD) reforçou o convite para a "Festa das Espadas 2025" – atividade considerada ilegal no estado desde 2017.
Vale lembrar que, há oito anos, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) vetou a fabricação, porte ou manuseio desses objetos – confeccionados com bambu, pólvora e resíduos metálicos –, com punições que podem chegar a seis anos de detenção.
Enquanto autoridades locais defendem a celebração como parte do folclore regional, dados da Sesab revelam que, apenas nesta temporada junina, 15 casos de queimaduras graves no estado estão ligados a confrontos com esses artefatos. O HGE, principal unidade de saúde baiana, concentrou a maioria dos atendimentos.
Siga a gente no Insta, Facebook, Bluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).