Mais de 50 trabalhadores são resgatados em situação análoga à escravidão na Bahia
Vítimas estavam instaladas em alojamentos inadequados
Por Da Redação.
Um total de 57 trabalhadores rurais foi resgatado esta semana em condições análogas à escravidão em Gentio do Ouro, município do oeste baiano. A ação foi conduzida pelo Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo, composto pelo Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público Federal e Defensoria Pública da União.
Condições degradantes e negligência
Conforme denúncia do Ministério Público do Trabalho, os trabalhadores viviam em alojamentos superlotados e inadequados, sem instalações sanitárias nos alojamentos ou nas frentes de serviço. A alimentação era feita ao relento, sobre pedras ou tocos, sem nenhum suporte adequado — incluindo o preparo das refeições às intempéries.
Origem e pendências
Das 57 vítimas, 30 eram piauienses que migraram em busca de trabalho na atividade da carnaúba — marcando o primeiro caso do ano envolvendo trabalhadores do Piauí nesse setor. Apesar da identificação do empregador, esses 30 piauienses ainda não receberam as indenizações e verbas rescisórias, diferentemente das demais vítimas que já tiveram seus direitos pagos.
Ação e repercussões
Esse caso soma-se aos dados alarmantes de 2024, quando o Ministério do Trabalho conduziu mais de 1.035 operações de combate ao trabalho escravo, resgatando 2.004 pessoas e assegurando R$ 7,06 milhões em verbas trabalhistas. Em termos regionais, a Bahia teve 198 trabalhadores resgatados — uma das maiores taxas do país
O Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo atua desde 1995 em operações coordenadas entre diversos órgãos federais. Em 2024, o grupo completou 30 anos de atuação, removendo mais de 65 mil trabalhadores de situações análogas à escravidão
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