Bebê morre logo após nascimento e casal denuncia Samu por omissão de socorro, em Ilhéus

A 1ª Delegacia Territorial de Ilhéus investiga uma denúncia de omissão de socorro que envolve o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).
Segundo a Polícia Civil os pais de um bebê, que morreu logo após o nascimento, procuraram a delegacia para informar que ficaram por quatro horas, aguardando a chegada de uma equipe do Samu e, por falta de atendimento, a criança teria morrido.
O casal, Nelson da Silva Santos e Rebeca Batista Duarte, alega que a mulher havia entrado em trabalho de parto por volta da meia-noite, a criança nasceu às 4h e a equipe do Samu teria chegado às 5h30.

Em nota, a Secretaria de Saúde do município de Ilhéus (Sesau) forneceu informações sobre o atendimento prestado pela equipe do SAMU à mulher. Segundo a Sesau, dados constantes na ficha de Regulação Médica, na primeira ligação feita ao serviço, foi explicado à gestante que a ambulância avançada não estava disponível no momento, pois se encontrava em outra ocorrência.

Ainda de acordo com a Sesau, a família, portanto, foi orientada a se dirigir ao Hospital Materno-Infantil Dr Joaquim Sampaio por meios próprios, já que a ambulância estava em outra ocorrência. Informou, também, que conforme relato, não houve ligação posterior e, pela manhã, às 5h, o solicitante retornou a ligação dizendo que a criança tinha nascido. No mesmo momento, acrescentou a Sesau, foi enviada uma ambulância básica, já que a ambulância avançada estava em outra ocorrência.

A nota relata também que a criança, do sexo masculino, foi atendida pelo SAMU e em seguida encaminhada ao Hospital Materno-Infantil. O comunicante, segundo a Sesau, levou ao plantão um relatório, assinado pela médica pediatra Bárbara Giglio Panisset (CREMEB-BA 25808), onde constam as informações abaixo.

"RN do sexo masculino, com capurro de 33 semanas, deu entrada neste serviço às 5h58, já em óbito trazido pelo SAMU; nascido em domicilio, com relato de hora de nascimento às 4h de 09/04/2023 (genitora e acompanhante afirmam que o RN nasceu com choro fraco, evoluindo para gasping).

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