Sudene libera R$ 600 milhões do FDNE para a Transnordestina

A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) autorizou, nesta quinta-feira (10), a liberação de R$ 600 milhões do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) para a continuidade das obras da Ferrovia Transnordestina. A decisão foi aprovada por unanimidade pela diretoria colegiada da autarquia.

Operado com exclusividade pela Sudene, o FDNE é o principal instrumento de financiamento da ferrovia, que é considerada uma das maiores obras logísticas em andamento no Brasil. Com essa nova liberação, o fundo já soma R$ 4,8 bilhões investidos no projeto.

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destacou os impactos estruturantes da obra.

“Além de melhorar a infraestrutura logística, a Transnordestina promove desenvolvimento socioeconômico e contribui para a redução de desigualdades históricas na região. A geração de empregos e a diminuição das emissões de poluentes, quando comparada ao transporte rodoviário, mostram a relevância estratégica da ferrovia ", afirmou.

Já o diretor de Fundos, Incentivos e Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, elogiou o trabalho técnico realizado e a conformidade legal do processo conduzido pelas instituições responsáveis.

A Transnordestina é uma das principais apostas da política de desenvolvimento regional da Sudene. O projeto está alinhado com os objetivos de atrair investimentos produtivos e impulsionar iniciativas de alto impacto no Nordeste.

Projeto estratégico para o fundo financeiro 

Com 1.206 quilômetros de extensão, a ferrovia começa em Eliseu Martins (PI), passa por Salgueiro (PE) e segue até o Porto do Pecém (CE), cruzando 53 municípios nos três estados. Até o momento, cerca de 670 quilômetros já foram concluídos, e outros 281 quilômetros estão em obras.

A Transnordestina facilitará o escoamento de produtos agrícolas, minerais e industriais, reduzindo os custos logísticos e aumentando a competitividade das empresas nordestinas, além de contribuir para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa.

Desenvolvimento ferroviário

A Sudene também está empenhada na retomada do trecho entre Salgueiro e o Porto de Suape, no litoral pernambucano. A autarquia lidera articulações com os ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e dos Transportes, para destravar entraves técnicos e viabilizar o início das obras.

Além da interlocução institucional, a Sudene tem dialogado com setores produtivos e representantes da sociedade civil para mapear os impactos e as demandas relacionadas à ferrovia. A previsão é que o primeiro edital para retomada do trecho seja publicado no próximo mês.

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