Secretários de saúde do Nordeste pedem a ministro que reconheça aedes aegypti como ameaça
Secretários de saúde do Nordeste pedem a ministro que reconheça aedes aegypti como ameaça
Secretários estaduais de saúde do Nordeste se reuniram nesta sexta-feira (20) com o ministro da pasta, Marcelo Castro, em Salvador. A principal pauta do encontro foi a construção de uma estratégia agressiva de combate ao mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue. Um documento com as necessidades conjuntas dos Estados e o pleito de que o ministério reconheça o inseto como a principal ameaça a saúde pública do país também foram entregues.
?Precisamos de ações enérgicas e estratégias de combate inovadoras, além de uma estrutura de financiamento própria para combater o mosquito e a conseqüente transmissão das arboviroses e o controle de suas complicações?, destaca o secretário de saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas. Quem compartilha essa opinião é o secretário executivo do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde, Jurandi Frutuoso. ?Essa não é uma missão restrita à área da saúde, mas uma missão para governos, com a liderança de governadores, prefeitos e até da presidência?, pontua.
Marcelo Castro, que decretou no último dia 11 de novembro situação de emergência em saúde pública no Brasil, o que não se fazia desde 1917, período cuja ameaça era a gripe espanhola, explicou aos secretários da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte, que vêm tomando todas as medidas possíveis. ?Convocamos 17 ministérios para auxiliar no combate ao vetor e vamos utilizar todas as armas possíveis. Não vamos dar trégua?, disse o ministro durante a reunião com os secretários.
No boletim divulgado ainda nesta sexta pela Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde da Sesab, entre janeiro e 18 de novembro de 2015, foram notificados 62.635 casos suspeitos de Zika, 19.231 casos suspeitos de Chikungunya e 49.592 casos prováveis de dengue no estado da Bahia.