REPRESENTAÇÃO: Número de mulheres na Câmara Municipal de Salvador não deve aumentar nestas eleições, diz cientista político
REPRESENTAÇÃO: Número de mulheres na Câmara Municipal de Salvador não deve aumentar nestas eleições, diz cientista político
O baixo número de mulheres que ocupa as cadeiras da Câmara de Vereadores de Salvador não deve sofrer alteração relevante neste pleito municipal do próximo domingo (2/10). É o que prospecta o professor de Ciências Políticas da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Jorge Almeida. Segundo ele, o panorama é reflexo da falta de investimento em políticas públicas que incentivem a formação política das mulheres, situação que não tem apresentado modificações importantes.
Segundo Almeida, esse problema não pode ser resolvido, apenas, com a cota de candidatura mínima por gênero, que é equivalente a 30%, mas garantindo um número razoável de eleitas. ?As mulheres continuam sendo vistas em segundo plano pela nossa sociedade. É preciso que sejam criados espaços para que elas tenham uma participação maior nas diversas instâncias de governo?, considerou.
Dentro dessa avaliação, ter liderança própria é um dos pré-requisitos importantes para que uma mulher se destaque e consiga sua eleição em um processo eleitoral. Pelo perfil das cinco edis que hoje estão na Câmara de Salvador, Almeida acredita que todas as parlamentares reúnem condições de prolongarem os seus mandatos por mais quatro anos, já que não há o surgimento de muitos nomes na política.
Nesta eleição, 327 candidatas estão concorrendo ao cargo de vereadora em Salvador. A atual bancada feminina é formada por: Aladilce Souza (PCdoB), Ana Rita Tavares (PMB), Cátia Rodrigues (PHS), Kátia Alves (SD) e Vânia Galvão (PT), representando 11,62% do quadro geral.