Procurador que chamou Bolsonaro de ?canalha? é advertido; ele alega que a palavra teve efeito retórico
Procurador que chamou Bolsonaro de ?canalha? é advertido; ele alega que a palavra teve efeito retórico
O procurador da República Wilson Rocha, do Ministério Público Federal (MPF), em Goiás, foi punido por postagens críticas ao presidente Jair Bolsonaro em seu perfil no Twitter. A medida foi adotada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
O órgão seguiu a sugestão do relator Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho. Para o conselheiro, os membros do MP têm “plena liberdade de expressão”, mas também têm mais responsabilidades do que os demais usuários de redes sociais.
“Canalha”
Wilson Rocha fez escreveu duas mensagens nas quais ataca Bolsonaro. Na primeira, ele afirmou: “Bolsonaro é o canalha de quem os canalhas gostam. Como já não há mistério sobre esse politico, seus admiradores são seu espelho e sua força social. Ou seja, são uma geração, independente da idade, de péssimos brasileiros que arruinaram seu próprio país”.
No segundo, dois dias depois, disse: “A indignidade do presidente já é de conhecimento público. Resta-nos lembrar a indignidade dos que o apoiam, especialmente o alto oficialato das Forças Armadas que compõe esse governo e o séquito de Sergio Moro na Lava Jato”.
O procurador se defendeu dizendo que a palavra “canalha” teve “efeito estilístico e retórico”, mas que seu objetivo era passar uma mensagem. Mesmo assim, não escapou da advertência. A punição, considerada branda, se dá por ser a primeira vez que Wilson responde a um processo administrativo.
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