PIB baiano avança 0,9% no quarto trimestre e fecha 2020 com queda 3,4%; resultado é melhor que a média nacional
Crescimento em volume do setor agropecuário baiano no ano foi de 14,2%, com destaques para milho, café e soja
O Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia, que representa a atividade econômica do estado, apresentou expansão de 0,9% no ultimos três meses de 2020, na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2019, entretanto, o índice foi o oposto, com retração de 0,9%.
Com os resultados do quarto trimestre, o PIB da Bahia ficou cerca de 3,4% menor em 2020, na comparação com 2019. Apesar da queda, o Brasil teve média de queda maior, de -4,1%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (12/3), pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan).
Para o governo, a queda anual foi causada pela pandemia do novo coronavírus, iniciada em março de 2020, e provocando grande queda no segundo trismetre. "Lembrando que no terceiro trimestre a economia baiana já havia apresentado expansão de 4,1%", destacou o titular da Seplan, Walter Pinheiro.
DESTAQUES
A retração se distribuiu da seguinte forma entre os setores econômicos: a Agropecuária variou positivamente em 14,2%; a Indústria caiu 1,3% e os Serviços registraram a retração mais acentuada, de -6,4%. Entre as atividades econômicas, os principais destaques negativos no acumulado do ano ficaram por conta da indústria extrativa (-10,0%), comércio (-7,2%), e transportes (-6,1%).
Em valores correntes, a economia baiana fechou 2020 com o PIB totalizando R$ 303,3 bilhões, sendo R$ 266,2 bilhões do Valor Adicionado (VA) – o que representa quase 88% do PIB - e R$ 37,1 bilhões dos Impostos. A Agropecuária teve um Valor Adicionado de R$ 25,8 bilhões, a Indústria R$ 58,9 bilhões e os Serviços R$ 181,5 bilhões.
O crescimento em volume do setor agropecuário baiano no acumulado do ano foi de 14,2%, com destaques para as taxas de crescimento do milho, café e soja. O aumento foi causado pela confiança dos produtores as condições climáticas favoráveis em todo o estado.
A taxa do setor industrial da Bahia foi de -1,3% devido ao comportamento registrado sobretudo depois de março, nos meses de abril, maio e junho, quando houve queda aproximada de 6%. A atividade de produção e distribuição de eletricidade, água e esgoto mostrou desempenho ao longo do ano acumulando variação positiva de 6,1%. As maiores retrações nos doze meses do ano foram observadas nas atividades das indústrias extrativas (-10,0%), e indústrias de transformação (-3,5%).
O setor de Serviços caiu 6,4% na Bahia e o desempenho das atividades que compõe o setor não foi diferente, excluindo as atividades imobiliárias, com alta de 0,5%. As outras, comércio (-7,2%) e transportes (-6,1%) tiveram grande queda, além da retração de 1,6% na administração pública.
No último trimestre do ano, o Valor Adicionado (VA) apresentou variação negativa (-0,5%) e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios recuaram 3,6%. O destaque positivo ficou com a Agropecuária, avançando 12,4% e com a alta do setor Industrial (1,7%). O setor com maior participação na economia baiana e aquele mais afetado pela pandemia foi o responsável pelo resultado negativo do PIB: o setor de Serviços, que representa aproximadamente 69% do PIB estadual, registrou retração de 4,8%.
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