Outubro Rosa: relembre matéria especial sobre Câncer de Mama
Outubro Rosa: relembre matéria especial sobre Câncer de Mama
Sonhos, desejos, planos para o futuro são alguns dos pensamentos femininos durante a juventude e no início da fase adulta. No entanto, atualmente, e cada vez mais, uma notícia chega de repente e, acaba assustando qualquer mulher, não importando a idade que ela tenha. A detecção do câncer de mama é confirmada com surpresa e a partir disso acontece uma ruptura no seu jeito de pensar, de agir e principalmente vem para realizar mudanças no seu dia-a-dia.
As estatísticas de câncer de mama em mulheres só aumentam, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano, segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Ainda segundo o instituto, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, isso se dá, provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágio avançado, mesmo existindo campanhas que incentivam o diagnóstico precoce.
Em uma homenagem a data 8 de abril dia Mundial de Combate ao Câncer, o Aratu Online adentrou nesse ?universo?, para conscientizar a população sobre os cuidados da detecção precoce da segunda doença que mais mata pessoas em todo o mundo. A data do combate foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para que as instituições se reúnam em prol do diagnóstico precoce dos vários tipos de câncer, para assim poder dar o devido tratamento, além de apoiar aos pacientes que são detectados com a doença e lutam contra ela. Afinal, infelizmente, o câncer de mama é uma doença que não se previne, pois a medicina ainda não tem como erradicar a doença,mas existem formas de reduzir os riscos que ela proporciona.
O que é o câncer de mama?
O câncer de mama é o crescimento exacerbado e descontrolado de células mamarias que adquirem anormalidades causadas por uma ou mais mutações no material genético da célula. Quando estas adquirem não só a capacidade de dividir como também de evitar a morte celular e invadir tecidos, elas dão origem à doença. O câncer de mama pode ser classificado em diversos tipos, com graus de gravidades diferentes e características.
?Alguns fatores de risco podem desencadear a doença, como a idade (porém a incidência da doença em mulheres jovens cresce cada dia mais); histórico Familiar (porém cerca de 10% apenas dos pacientes diagnosticados vêm de base hereditária); menopausa; gravidez depois dos 40 anos; já ter tido câncer de mama; ter história de várias pulsões mamárias como nódulos mamários benignos?, disse a médica em oncologia clinica mamária, Vanessa Dybal.
Sintomas
Os sintomas da doença costumam ser um nódulo palpável; a retração da pele ou do mamilo, vermelhidão, edema, dor e a presença de líquido nos mamilos, além disso, a deformidade ou aumento da mama. ?Recomendo o autoexame que deve ser realizado pelo menos uma vez no mês pela mulher uma semana depois do ciclo menstrual. O essencial é o exame mamário (raios-X das mamas) a cada 2 ou 3 anos, se está entre 20 e 40 anos para detectar precocemente a presença de nódulos. Mas se você já estiver acima dos 40 é fundamental a realização do exame anualmente?, recomendou Vanessa.
Verdades x Mitos
Ainda em entrevista com a doutora Vanessa Dybal especialista em câncer de mama, o Aratu Online foi esclarecer as verdades e os mitos do câncer de mama.
Aratu Online ? A suplementação de vitamina D diminui o risco de câncer de mama?
Vanessa Dybal ? A vitamina D não influencia em nada a doença tanto em nível elevado quanto na limitação. O real impacto da vitamina ainda é desconhecido. Nada foi comprovado até então.
AO ? O uso de desodorantes e outros cosméticos axilares aumenta o risco de câncer de mama?
VD ? A utilização de substâncias antitranspirantes é sempre a maior dúvida entre os pacientes. Porém, pesquisas concluídas sobre o assunto não encontraram nenhuma ligação entre a substância usada na axila e o aumento do câncer de mama.
AO ? O exercício físico diminui risco de câncer de mama?
VD ? Os exercícios físicos semanais podem reduzir o aparecimento de neoplasia mamária. Tem um efeito protetor, além de proporcionar melhor qualidade de vida.
Entrevista
Para adentrar e entender este universo que faz parte do cotidiano de várias mulheres e de alguns homens, o Aratu Online ?bateu um papo? com a blogueira do “Mão na Mama” e do ?Blog Mulherzinha”, Paula Dultra, de 35 anos, que faz parte do time do site. Na entrevista Paula contou que, teve o câncer de mama diagnosticado aos 30 anos, e através dele criou o Mão na Mama onde conta relatos da sua fase difícil, além de dar apoio, dicas aos pacientes diagnosticados e incentivar o diagnóstico precoce da doença.
Confira o ?bate papo?:
Aratu Online ? Como e quando você descobriu que tinha câncer de mama?
Paula Dultra ? Descobri que tinha algo errado fazendo autoexame em maio de 2010. Sempre fiz exames, mas o médico mastologista disse que, como eu era muito nova, não era nada. Depois repeti o exame em novembro de 2010 e a médica que fez a ultrassonografia sugeriu que eu fizesse uma punção porque achou algo estranho e, no mês seguinte fui diagnosticada com câncer de mama. Eu tinha 30 anos e não possuo histórico familiar.
AO ? Qual foi a sua reação ao descobrir? Porque quando se descobre uma doença mais ?agressiva? a primeira coisa que passa pela nossa cabeça é o medo morrer.
PD ? Minha reação foi bem prática. Como tenho pessoas da área de saúde na família, já fui orientada de como proceder. A reação normal é até essa, mas eu não fui assim. Nunca achei que iria morrer, pois desde o primeiro momento, soube que meu caso era inicial e tinha grandes chances de cura. Além disso, eu seria tratada por uma equipe de excelência. Então, fiquei bem tranquila e sabia que essa era apenas uma fase chata. Sobre o cabelo, foi o que menos liguei, pois sempre tive cabelo muito curto. Sempre foi algo irrelevante para mim.
AO ? O tratamento alterou o seu dia -a- dia ou o da sua família?
PD ? Na verdade só um pouco, pois tivemos que incluir exames, idas aos médicos, quimioterapia e cirurgia. No geral, eu não parei de trabalhar e continuei tocando minha vida, sem dramas.
AO ? Qual foi a pior parte do tratamento?
PD ? Cada caso é um caso. Isso é importante saber. Eu tive reações sim. É a parte mais chata do tratamento, mas eu tomei medicamentos que me impediram de vomitar, por exemplo.
AO ? Qual foi o seu tipo de câncer? Foi agressivo? Você precisou perder parte da mama?
PD ? Existem alguns tipos de câncer de mama. Como eu estava no início, diagnóstico precoce, não tive tanto problema em resolver. Quanto mais cedo à doença é descoberta, menos invasivo é o tratamento e são maiores as chances de cura. Eu precisei tirar um quadrante (1/4) da mama. Mas como ela era muito grande, fiz logo a reconstrução, no entanto, em muitos casos não dá para fazer logo, e isso vai depender da pessoa, do médico?
AO ? Para encerrar a nossa entrevista, o que você pode dizer para alguém que esteja enfrentando essa fase ruim agora?
PD ? Para quem está passando por isso, posso dizer: calma! Dá para passar essa fase de forma positiva, continuar fazendo suas coisas, com vaidade e bom-humor. Procure ajuda: dos médicos, dos psicólogos, de grupos de apoio, na internet? Ajuste sua vida, mas sem esquecer-se de ter foco, fé e força!?.