NEGLIGÊNCIA: Médico esquece restos de placenta no útero de adolescente no Hospital de Simões Filho
NEGLIGÊNCIA: Médico esquece restos de placenta no útero de adolescente no Hospital de Simões Filho
Do Simões Filho Online, parceiro do Aratu Online
A emoção de ser mãe quase se transformou em pesadelo para a adolescente Émile dos Santos, 17 anos. Ela sofreu uma grave infecção no útero depois de dar à luz a um menino na Maternidade do Hospital Municipal de Simões Filho. O obstetra que fez o parto não retirou de seu corpo toda a placenta que envolvia o bebê.
o dia 27 de abril deste ano, Émile, moradora do Bairro Pitanguinha, resolveu procurar o Hospital Municipal de Simões Filho para ter o seu primeiro filho, naquele momento, começou o sofrimento da jovem. ?Ao chegar no hospital, o médico fez exame de toque, disse que não iria me atender porque eu tinha apenas dilatação, passou medicação na veia e mandou eu voltar para casa, mas eu não obedeci e continuei no Hospital. Fiquei lá andando de um lado para o outro com muita dor?, contou.
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Durante a espera, Émile relata que outra médica percebeu sua aflição e voltou a examina-la, bem no momento em que a sua bolsa estourou. ?Dei à luz ao meu primeiro filho que se chama Enzo. O lençol ficou cheio de sangue e só foi trocado no dia seguinte. O Hospital de Simões Filho está um descaso. Parece um matadouro. Eles atendem as pessoas depois de horas de espera?, desabafou a jovem.
Liberada, Émile foi para a casa e começou a se sentir mal, tendo muita febre. Assustados, familiares da adolescente levou ela de volta ao Hospital. ?A dor estava muito forte. A médica me examinou e falou que meu colo do útero estava aberto e tinha restos de placenta dentro mim. Eu tiver que fazer curetagem uterina e fiquei 7 dias internada?, relatou.
Depois de ser submetida a um procedimento para retirada dos restos da placenta a jovem foi liberada. ?A doutora falou que se demorasse mais um dia para fazer o procedimento eu iria morrer?, disse.
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Após um mês em casa, a jovem continua sentido dores na região. ?Já se passou mais de um mês, a dor está voltando. Isso não pode ficar assim minha gente. Um erro desse não pode voltar a se repetir com outras gestantes?, afirma Émile.
Émile ainda denuncia que outras duas amigas viveram situações parecidas no Hospital Municipal da cidade, que é administrado pela Associação de Proteção a Maternidade e a Infância de Castro Alves (APMI).
Hospital de Simões Filho
Por meio de nota, Alcimara Mariano, gerente de Saúde do Hospital Municipal de Simões Filho, informou que ?durante o processo de delivramento de placenta, pode acontecer da permanência de um pedaço da membrana que envolve a placenta?.
Ainda conforme nota do Hospital, ?a paciente retornou cinco dias após, com quadro febril. Foi internada, tratada com antibióticos e realizou curetagem uterina e saiu de alta após tratamento por sete dias?.
A unidade de saúde disse ainda que ?Essa situação é aceitável, pois a membrana é fina e pode partir?. A administração do Hospital também se colocou à disposição para maiores esclarecimentos sobre o caso.
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